Em votação tumultuada Governo de Criciúma aprova novo projeto de reajuste dos servidores

Apesar dos protestos dos servidores públicos municipais a Câmara Municipal de Criciúma aprovou, na manhã deste sábado (27), o Projeto de Lei 063/2023, que define reajuste de 4,36 por cento aos trabalhadores da administração pública. O índice vale também para 2024. A categoria deflagrou greve nesta semana e garante que deve engrossar o movimento a partir da semana que vem.

Servidores Municipais lotaram a Câmara de Vereadores para acompanhar a sessão que votou reajuste de 4,36 por cento à categoria. – Foto: Divulgação

Sem alterar o índice principal, após ter rejeitada a primeira proposta, o governo reenviou a pauta à Câmara, agora com pequenos ajustes na categoria do magistério. Com o argumento de que as contas públicas não suportam impacto mensal superior a R$ 2.250.000,00 a matéria foi reenviada. Desta vez a mesma Câmara Municipal aprovou a matéria por 10 votos a sete.

De posse desta aprovação no Poder Legislativo o governo deve agora enfrentar a greve com argumento jurídico para torná-la ilegal. Este movimento deve ser feito já na segunda-feira.

Desde quinta-feira os servidores fazem movimento de paralisação na frente do Pátio de Máquinas. Ele deve continuar. Na manhã deste sábado o sindicato teve o apoio de um grande número de pessoas e foi para a frente do prédio da Câmara Municipal. Ocupou os espaços na parte interna e fez grande protesto na saída dos vereadores.

Votaram a favor do projeto os vereadores: Roseli De Lucca Pizzolo, Geovana Benedet Zanette, Dailto Feuser, Antônio Manoel, Daniel Frederico Antunes, Jair Augusto Alexandre, Márcio Darós, Nícola Martins, Obadias Benones e Salésio Lima. Foram contra o projeto os vereadores: Giovana Mondardo, Paulo Ferrarezi, Manoel Rozeng, Júlio Kaminski, Miri Dagostin e Juarez de Jesus.

O governo considera que a sua base hoje tem, em casos extremos 13 votos, que considera poderiam ter sido obtidos, se houvesse articulação política para tal. Neste contexto os três vereadores são Miri Dagostin, Júlio Kaminski e Juarez de Jesus que foram liberados por seus partidos.