Mensageiro: Vice-prefeito preso tinha documentos sigilosos sobre a operação

Os despachos jurídicos recentes nos casos envolvendo o vice-prefeito de Tubarão, Caio César Tokarski revelam as razões pelas quais ele é considerado de “periculosidade social” no processo da Operação Mensageiro. Argumentos estes que o mantém preso, depois que lhe foi negado habeas corpus, ainda na semana passada.

Vice-prefeito de Tubarão, Caio Tokarski preso Operação Mensageiro – Foto: Facebook/ Reprodução/ND

Quando da apreensão na residência de Caio Tokarski ele tinha em poder dois elementos considerados graves. Num deles estava uma minuta para criação de um CPI que “atentava” contra a Justiça e a Operação Mensageiro. Na outra ele tinha documentos considerados de extremo sigilo no âmbito da operação. São razões fortes para que ele seja mantido preso, pelo que se observa no despacho.

Caio Tokasrki é tratado na Operação Mensageiro como estratégico e levanta suspeitas sobre possíveis aliados infiltrados, interpretação decorrente do fato de ter em seu poder os documentos apreendidos.

Noutro ponto registrado nos despachos jurídicos está a surpresa da autoridade jurídica de que ele tenha tido, durante a sua prisão, acesso à rede de computadores.

Preso em sala individual, com banho quente, aparelho televisor, local de leitura e banho de sol ele é considerado com regalias que nem todos os presos nas mesmas condições possuem. Nítido que a vigilância sobre as condições em que está preso devem sofrer ampla vigilância.

Na semana passada a Justiça negou pedido de Caio Tokarski para que a sua prisão fosse relaxada ou transformada em prisão domiciliar.

De outro lado chama a atenção na investigação que existem apenas suspeitas e delações sobre o seu envolvimento no esquema. Tudo parte da delação premiada feita pelos integrantes da empresa Serrana, mas não existe dinheiro apreendido ou mesmo alguma imagem flagrante ou mensagem comprovando o recebimento da propina.

A defesa de Caio Tokarski considera que ele está sofrendo uma condenação prévia através da prisão preventiva. Por isso buscam habeas corpus.

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