Investimentos externos podem alavancar a energia renovável no Brasil


Fabricação de placas fotovoltaicas e equipamentos de energia renovável são de interesse do governo para os próximos anos Após a visita do presidente à China, maior parceira comercial do Brasil, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, afirmou que existe a possibilidade da grande potência asiática investir ainda mais no país. Durante a visita presidencial, mais de 15 acordos de cooperação entre os países foram assinados, incluindo o desenvolvimento tecnológico em várias áreas, entre elas os semicondutores. Um dos objetivos do Brasil é estabelecer um processo de reindustrialização sustentável, segundo fala do ministro da Fazenda.
Uma das pautas do líder político brasileiro, foi o foco em investimento em energias renováveis e sua ampliação, considerando a integração entre as fontes eólica e solar com a rede convencional. Somando as operações entre 2009 e 2022, o setor elétrico brasileiro foi o que mais recebeu investimento da China, respondendo por 21% dos negócios, por exemplo. Ainda fruto do encontro entre os países, mais 20 acordos foram assinados, incluindo o acordo da chinesa SPIC, que pertence ao grupo SPIC global, primeira em projetos implementados em geração solar no mundo, com mais de 67% de geração de energia limpa, e a Prumo Logística, visando avaliar condições financeiras e técnicas de projetos de energia renovável no Porto do Açu.
Energia renovável é a grande aposta
Outro destaque é a renovação do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (PADIS) até 2026. O programa também passou a contemplar peças e equipamentos usados na fabricação de painéis solares, ou seja, insumos fotovoltaicos como chapas e tiras de cobre, vidro temperado, condutores elétricos, cimento de resina e caixas de junção para módulos fotovoltaicos, segundo decreto assinado este ano e divulgado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A novidade garante benefícios fiscais para empresas que produzem placas solares no Brasil, incentivando ainda mais a expansão do setor e contribuindo com uma maior acessibilidade nos preços dos sistemas, além de apontar a tendência do governo em investir no desenvolvimento e na fabricação de semicondutores e em uma matriz energética ainda mais diversificada e renovável.
O cenário mostra o crescimento promissor de fontes de energia renovável no Brasil, especialmente da energia solar, segunda maior fonte da matriz elétrica brasileira, com representação de 12,6% e grande potencial de crescimento. Em abril deste ano mais um recorde foi batido, com 20 GW de potência instalada de geração própria de energia solar, correspondendo a mais de 98,7% da geração distribuída no país, segundo informações divulgadas pela ABSOLAR. Ainda de acordo com a associação, o país já conta com mais de 2,4 milhões de unidades consumidoras de energia solar fotovoltaica. Recentemente, líderes da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica – ABSOLAR discutiram alguns pontos relevantes junto ao ministério de Minas e Energia ressaltando como a fonte solar deve se tratada de forma relevante e com deve assumir certo protagonismo no que tange a transição energética, além de propor incentivos e acesso aos sistemas fotovoltaicos por toda população, incluindo as de baixa renda. Tudo indica que o setor solar tende a crescer.
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