Opinião: Sobre a derrota do Figueirense “nem 8, nem 80” e o show de horror da arbitragem

MUDANÇA NO TEMPO.  A mudança do tempo na região da Grande Florianópolis e o domingo chuvoso que tirou milhares de torcedores das arquibancadas do estádio Orlando Scarpelli, era o prenúncio de uma jornada complicada para o Figueirense diante do Botafogo-PB: Dito e feito. No gramado, o Alvinegro conheceu a sua primeira derrota em casa e para piorar saiu fora do G8 do Campeonato Brasileiro da Série C. Agora vai ter que buscar a reação, justamente onde o Figueirense não consegue vencer há mais de uma, jogando fora de casa e diante do atual líder, o São Bernardo.

JOGOU ATÉ O GOL. Sobre o confronto, basicamente o Figueirense jogou até os cinco minutos iniciais quando abriu o placar com o meia Léo Artur. Insinuante e com bons avanços dos laterais, a equipe envolveu o time visitante. Parecia que seria um jogo exemplar. Apenas parecia. Depois do gol, por incrível que pareça, o Figueirense começou a ter problemas na saída de bola lenta, já que a equipe visitante começou a ganhar espaços no campo e foi avançando sem que por parte do Furacão do Estreito ocorresse algum tipo de reação.

ADVERSÁRIO AVANÇOU. Em uma dessas saídas (lentas) e sem que os laterais avançassem para gerar a opção do escape, a equipe do Botafogo roubou uma bola e na cobrança de uma falta chegou ao gol de empate. O “Belo” como é conhecido o Botafogo-PB até poderia ter virado o placar. E o Figueirense que caiu na teia do adversário ficou sem capacidade de reagir.

DEMOROU PARA MEXER. Na volta para o segundo tempo, comentei na rádio Jovem Pan News, que o treinador Roberto Fonseca precisava mexer na equipe. Porém, quando ocorreu as primeiras alterações, foi justamente após o gol da virada do time visitante. O técnico do Figueirense demorou demais para efetuar as mudanças na equipe. O meia Léo Artur tinha feito apenas o gol e depois sumiu junto com o time. Ninguém da comissão técnica tinha percebido isso?  Com o placar adverso, tudo ficou mais difícil. Não foi uma boa tarde do técnico do Figueirense. Se na vitória diante do Aparecidense, suas mudanças deram certo. Ontem no Scarpelli o elogio não é possível.

NEM 8, NEM 80. No restante da partida, o Figueirense foi para cima, muitas vezes desorganizado. E chegou a colocar uma bola no travessão. Mas faltou qualidade para evitar a primeira derrota no Scarpelli diante de um adversário que foi mais competente e inteligente que o time Alvinegro. Jogo para tirar importantes lições. Se tivesse vencido não seria o melhor time do mundo. E como perdeu, também não é o pior dos times. Mas fica a lição: para jogar a Série C com adversários mais “cascudos” é preciso mais suor, inteligência. E intervenção mais eficaz por parte da comissão técnica.

HORROR DA ARBITRAGEM. O árbitro Douglas Marques das Flores de São Paulo que foi auxiliado por Miguel Cataneo Ribeiro da Costa e Leandra Aires Cossette também paulistas, foi o destaque negativo do confronto entre o Figueirense e Botafogo (PB). Não chegou a influencia diretamente o resultado, mas conseguiu irritar os jogadores, a comissão técnica do Alvinegro e a torcida que em vários momentos fez o coro “ladrão, ladrão”. Arbitragem sem nenhum critério. E com um erro gritante: deixou de aplicar o segundo cartão no lateral Zé Mário (sim, aquele mesmo) após o mesmo ter feito uma falta dura no atacante Andrew do Figueirense.  Uma das piores arbitragens recentes em jogos do estádio Orlando Scarpelli.

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