‘Vamos resistir’: manifestantes fecham rodovias em protesto contra o marco temporal

Um grupo de manifestantes fechou a rodovia dos Bandeirantes na altura do km 20, no Jaraguá, na zona Norte de São Paulo, na manhã desta terça-feira (30). O trânsito seguia interditado no sentido da capital.

De acordo com informações da Record TV, o protesto é promovido por indígenas contra o marco temporal, um projeto de lei que dificulta a demarcação de terras indígenas, pois só será realizada se as terras estivessem ocupadas por esses povos em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição. As informações são do R7.

Manifestantes fecham rodovia dos Bandeirantes nesta terça (30)

Manifestantes protestam contra o marco temporal nesta terça (30) em São Paulo – Foto: Reprodução/ Record TV

Fogo na rodovia

Os manifestantes atearam fogo em pneus e madeiras para bloquear o trânsito da rodovia no sentido da capital. Agentes da polícia estão mobilizados para fazer a segurança do local e negociar com os manifestantes.

Santa Catarina também teve manifestação em rodovia

Um grupo de indígenas do Toldo Chimbangue bloqueia um trecho da rodovia SC-484, que liga o município de Paial a SC-283, em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina.

A manifestação iniciou às 9h desta terça (30) e deve se estender até as 12h. O objetivo é chamar atenção para a votação do PL 490 do marco temporal. Algumas filas se formaram nas rodovias.

O Cacique Antônio, do Toldo Chimbangue, informou que a movimentação visa demonstrar a insatisfação com a mudança. “Somos contra a aprovação do marco temporal, é inconstitucional. Eles querem acabar conosco, acabar com a história do Brasil”, comentou.

Marco temporal

Em tramitação na Câmara desde 2007, o texto do PL teve sua análise acelerada na última quarta (24) após aprovação de requerimento de urgência, por 324 votos favoráveis e 131 contrários.

A votação foi realizada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, que aprovou o parecer do relator do PL, Arthur Maia (DEM-BA). O projeto agora pode ser pautado no plenário da Câmara dos Deputados.

Com isso, a previsão é que nesta terça (30) o projeto seja votado no plenário. Em nota, o Ministério Público Federal (MPF) reafirma a inconstitucionalidade do texto.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.