Florianópolis recebe nesta quarta espetáculo de dança “Karma”, que circula nas capitais do Sul

O prêmio Funarte Circulação e Difusão da Dança – 2022, conduzido com abrangência nacional pela Fundação Nacional de Artes, contempla 30 projetos de circulação de espetáculos de dança. Dos seis projetos da região Sul, quatro são de Santa Catarina, um deles “Karma”, concebido e interpretado por Rodolfo Lorandi e Maria Claudia Reginato.

Trata-se de performance criada em 2015, baseada em danças de parceria, de salão e contemporâneas, dirigida pelo casal – na vida e na arte. Graças ao prêmio, “Karma” volta a ser apresentado em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. A primeira agenda de um conjunto de dez ocorre neste  dia 31, às 18h, no Espaço 1 da Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina), com ingressos gratuitos.

O projeto, realizado em Santa Catarina entre maio e julho, prevê interação e diálogo após a cena, com acesso livre para diferentes públicos e tradução simultânea em Libras em algumas sessões. Depois de circular por 11 cidades em seis estados (SC, PA, AM, PE, RO e AC), integrar uma mostra online e obter um prêmio de difusão virtual, o espetáculo totaliza 32 encenações com centenas de pessoas pelo país.

“Karma” – Circulação Sul (2023) encerra o ciclo da obra com um roteiro que alcança Florianópolis, onde vive o casal de artistas, Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS). O trabalho está vinculado à pesquisa de doutorado de Rodolfo Lorandi no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Udesc. Depois da apresentação deste dia 31 em Florianópolis, o espetáculo será exibido em Porto Alegre em junho e em julho retorna em outros espaços na Capital e em Curitiba.

Sobre o conceito do trabalho e a retomada da circulação, Lorandi diz que a proposição é descobrir o que em nós desejou aquele movimento, tatuado em nossos corpos. “Que bolhas atemporais são essas que nos guiam em cena? A criação, sensível ao público e às questões íntimas-coletivas, atravessou-se pelo trabalho do astrobiólogo Carl Sagan, filosofias budistas e indígenas, teorias sobre multiversos ou a individuação em cena, desconfortos sobre identidade e gênero, textos dos escritores Jorge Luiz Borges e Erin Manning, nossos movimentos e coreografias (ou o que a gente lembra disso), a trajetória com a Grão Cia. de Dança e muitos, muitos afetos e sentires de mundo” resume.

Espetáculo “Karma” revela o casal Rodolfo e Maria Claudia, os pais da Tainá, em uma concepção complexa e bela sobre o movimento – Foto: Dayane Rios/Divulgação/ND

Já a bailarina Maria Claudia Reginato situa “Karma” como uma experiência. “A experiência cria memória, a memória cria imaginação e desejo e o desejo cria um novo carma”, define ela, lembrando que karma é a palavra usada para significar a dança nesta obra, “uma dança de recomeços nunca iguais, uma apresentação sobre um nós e um diálogo sobre vocês”, contextualiza.

Prêmio investiu R$ 1,3 milhão em 30 projetos no país

Com o prêmio de Circulação e Difusão da Dança – 2022, a Funarte incentiva espetáculos e atividades correlatas na área da dança, que já tenham estreado previamente, contribuindo para o fortalecimento deste segmento e possibilitando a ampliação da oferta e da fruição dos bens e serviços culturais e criativos.

Nesta ação foi investido R$ 1,3 milhão, com 30 prêmios de R$ 45 mil – seis para cada região do país, contemplando 30 projetos de circulação no segmento da dança.

Os bailarinos Rodolfo Lorandi e Maria Claudia Reginato

Com 20 anos de trajetória nas áreas da cultura, educação e lazer, pai de Tainá, parceiro da artista e produtora Maria Claudia Reginato, Rodolfo Lorandi é pesquisador-doutorando em artes cênicas da Udesc, mestre em teatro pela mesma universidade, graduado em artes visuais e em educação física, entre outras especializações, funções e atividades e autor do livro “Contemporaneidades em Danças de Salão: Abordagens que Dançam Nossos Tempos”, lançado em 2022.

Mãe de Tainá, CEO da empresa Nó Petit, empresária, produtora cultural, professora e bailarina, parceira de Lorandi, com quem atua e dirige projetos culturais, Maria Claudia também tem um amplo currículo, onde entre tantas atividades se destaca o fato de ter sido produtora e bailarina pela Grão Cia. de Dança (2012/21), além de ter atuado como diretora e/ou produtora e bailarina nos projetos Miscelânea em Dança, entre outras.

EQUIPE TÉCNICA

Direção, produção e bailarinos: Rodolfo Lorandi e Maria Claudia Reginato

Interlocução: Diana Gilardenghi e bailarinos

Produção: Gabriel Ferreira, Leonardo Taques, Caio Vedovatto e Tatiana Asinelli

Direção de Luz: Iscarlat Lemes, Leonardo Taques, Vigo Cigolini e Anne Plein

Direção audiovisual: Jerusa Mary

Montagem, figurino, arte gráfica e redes: Rodolfo Lorandi e Maria Claudia Reginato

Mediações: Tatiana Asinelli, Zilá Muniz, Carol Souza, Lidiani Emmerich, Bruna Tomaz, Leonardo Taques, Chico Cordeiro, Caroline Wüppel, Diana Gilardenghi e Katiusca Dickow

Intérpretes de Libras: Lisiê Mastey e Hanna Beer Furtado

Assessoria de imprensa: Néri Pedroso

JULHO

8/7/23 (sáb.), às 19h, na Sala Cênica Cenarium (rua Eduardo Gonçalves d’Ávila, 150, Itacorubi, Florianópolis)

Mediação | Lidiani Emmerich

14/7/23 (sex.), às 20h, no Teatro Sesc Prainha (travessa Siríaco Atherino, 100, Centro, Florianópolis)

Tradução em Libras: Lisiê Mastey

Mediação: Diana Gilardenghi

15/7/23 (sáb.), às 19h , no Teatro Sesc Prainha (travessa Siríaco Atherino, 100, Centro, Florianópolis)

Tradução em Libras: Lisiê Mastey

Mediação: Katiusca Dickow

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REALIZAÇÃO

Prêmio Funarte Circulação e Difusão da Dança – 2022, Fundação Nacional das Artes – Funarte e Ministério da Cultura – MinC – Governo Federal/Brasil

APOIO

Rede Mais que Dançar, Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina) – Centro de Artes, Grão Cia. de Dança, Sesc (Serviço Social do Comércio) Prainha, Cenarium Escola de Dança, Jerusa Mary Fotografia, Espaço N – Estúdio de Dança, Abaila – Feio para Mover, UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) – Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança

SAIBA MAIS

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