Greve em Florianópolis deve ter adesão entre 70% e 80% dos trabalhadores, estima sindicato

A greve dos servidores de Florianópolis deve ter adesão entre 70% e 80% dos trabalhadores, estima o Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis). A paralisação foi deflagrada à meia-noite desta quarta-feira (31).

Assembleia definiu greve nesta quarta-feira (31) – Foto: Sintrasem/Divulgação/ND

“O sindicato espera uma resposta da prefeitura com novas propostas. As últimas mesas de negociação foram improdutivos porque a PMF não mudou suas propostas e não deu nenhuma resposta para diversas reivindicações dos trabalhadores”, afirma o órgão.

Entre as demandas da categoria, estão o chamamento de aprovados em concursos, realização de novos concursos para áreas com falta de profissionais, a reestruturação e pagamento dos plano de carreira, o pagamento do piso nacional da enfermagem e da educação para auxiliares de sala.

Além disso, o Sintrasem aponta o parcelmaneto da reposição da perda salarial em quatro vezes (com uma parcela em janeira de 2024), “o que já vai significar perda salarial”, como entrave na negociação.

A prefeitura, por outro lado, argumenta que “as negociações entre executivo e sindicato estavam abertas e com proposta de aumento real por parte da Prefeitura: 6% no salário e mais 6% no vale-alimentação”.

O executivo municipal também diz que ofereceu mais uma gratificação aos auxiliares de sala, o que resultaria em um aumento total de 17% no salário. Também afirma que foram seis paralisaçõe nos últimos seis anos, o que resultou em 160 dias de greve e que todos os movimentos foram considerados ilegais pela justiça.

A greve foi declarada greve por tempo indeterminado nesta terça-feira (30). De acordo com as informações divulgadas pelo sindicato, a decisão veio após uma votação com quase 5 mil pessoas e sem nenhum voto contrário.

Serviços afetados

A prefeitura declarou “profunda preocupação com a situação dos serviços na área da saúde”, em função da superlotação dos hospitais estaduais.

“Em caso de não atendimento na atenção primária, os Centros de Saúde e UPAs, a tendência é maior pressão nas emergências estaduais. A Secretaria de Saúde lembra que a UPA Continente não sofrerá interrupções por ser gerida via Organização Social”, diz.

Na educação, o executivo afirma que já iniciou trâmites para antecipar férias escolares em unidades que decidirem por paralisar os serviços.

No entanto, o levantamento sobre os serviços afetados ainda está sendo realizado nesta manhã pela prefeitura. O sindicato diz que, por se tratar da primeira manhã de greve, não há como contabilizar o número de serviços paralisados.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.