Investigação do sumiço de Raissa, em Chapecó, está em sigilo; corpo do pai dela foi exumado

A Polícia Civil de Santa Catarina mantém em sigilo absoluto a investigação sobre o sumiço de Raissa Tremea Maestri, moradora de Chapecó/SC. A menina, de 16 anos, está desaparecida desde 21 de maio, quando foi vista pela última vez. O inquérito policial do caso está com a delegada Lisiane Junges, titular da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso, a DPCami.

Raissa Tremea Maestri está desaparecida há 11 dias. – Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação/ND

Em resposta ao ND+, a delegada Lisiane afirmou que sua equipe está em “diligências contínuas nesse caso” e ressaltou que “o sigilo ainda é imprescindível”. “Espero poder divulgar notícias em breve”, completou.  Essa semana o nome de Raíssa foi incluído na lista do SOS Desaparecidos da Polícia Militar de Santa Catarina, que também se reservou em divulgar detalhes da investigação.

Ao ND+, a mãe da garota, Ivete Maestri, afirmou que ainda não possui informações oficiais sobre a investigação da polícia. “É angustiante não ter notícias. Eu mais do que ninguém quero achar a minha filha”, disse a mulher.

Raissa Maestri foi vista pela última vez no dia 21 de maio (domingo) quando saiu de uma amiga, no bairro Efapi, por volta das 7h40, e não retornou para casa onde morava. A menina ruiva, que morava com o pai, usava uma calça jeans, tênis preto com listras rosas e um moletom vermelho, além de uma mochila preta com detalhes rosa.

Raissa ao lado do pai, Vilson Maestri – Foto: Arquivo Pessoal/ND

“Ela estava na casa de uma amiga minha, do pai, uma pessoa que trabalha conosco há muito tempo. Disse que ia visitar uma amiga no Centro e a tarde iria para minha casa. Saiu a pé e sozinha”, relata Ivete, que diz não saber quem é a amiga, uma vez que a filha morava com o pai.

Para a Polícia Civil, a mãe de Raissa disse que a filha estava passando por um momento difícil desde que o pai faleceu e que teria pedido emancipação. A menina nunca havia desaparecido antes e, conforme a mãe, não tem vícios.

Corpo exumado

O pai de Raissa, Vilson Maestri, de 55 anos, foi encontrado morto no apartamento em que morava em Chapecó, na noite de 7 de maio (domingo). Ele tinha dois cortes na cabeça e teve a causa da morte atestada pelo SVO (Serviço de Verificação de Óbito) como vítima de infarto do miocárdio. Em seguida, o corpo foi liberado para os procedimentos funerais. As informações foram apuradas pela reportagem do ND+.

O corpo do pai da adolescente foi exumado – Foto: Willian Ricardo/ND

Vilson foi sepultado no dia seguinte no cemitério municipal de Planalto Alegre, a cerca de 30 quilômetros de Chapecó. Ao longo da semana, um familiar do homem registrou um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil suspeitando a causa do óbito.

Na tarde do último domingo (28), depois de 21 dias da morte, a Polícia Científica de Chapecó realizou a exumação do corpo, que foi levado para exames periciais, como a coleta de amostras para análises toxicológicas.

Fontes informaram à reportagem que existe a suspeita de envenenamento da vítima, no entanto, a confirmação ainda depende do resultado dos exames.

Não há informações sobre suposta ligação entre a morte do pai e sumiço da filha. Os detalhes estão sendo investigados pela Polícia Civil.

Adolescente desaparecida

Se você avistou a adolescente ou tem alguma informação que possa levar ao paradeiro dela pode repassar à família pelo telefone (49) 98421-0314, no número 190 da Polícia Civil, 192 da Polícia Militar ou nos telefones do SOS Desaparecidos.

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