Penalidade Máxima: júri soma 2 banidos, 1 absolvido e mais de 2,5 mil dias de suspensão

Foi realizada nesta quinta-feira (1º) o julgamento dos denunciados na 2ª fase da Operação Penalidade Máxima, no SJTD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).

Oito atletas foram julgados sendo que dois foram banidos, um absolvido e cinco foram suspensos em diferentes penas, uma vez que foram denúncias em diferentes artigos.

Operação Penalidade Máxima

Ministério Público de Goiás deflagrou a Operação Penalidade Máxima; mais um julgamento está previsto para a próxima terça-feira (6) – Foto: MP-GO/Divulgação/ND

Os jogadores foram ouvidos e julgados nesta quinta-feira. São eles: Matheus, sem clube, Paulo Miranda, sem clube, Igor Cariús, do Sport, Moraes, no Aparecidense-GO, Gabriel Tota, do Ypiranga-RS, Fernando Neto, do São Bernardo-SP, Kevin Lomónaco, do Red Bull Bragantino, e Eduardo Bauermann, do Santos.

Gabriel Tota e Matheus Gomes foram os únicos banidos entre os casos analisados pela 4ª comissão disciplinar do STJD, com diferentes multas estipuladas.

Foram os únicos enquadrados no artigo 242 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que fala sobre “dar ou prometer vantagem indevida a membro de entidade desportiva, dirigente, técnico, atleta ou qualquer pessoa natural mencionada no art. 1º, § 1º, VI, para que, de qualquer modo, influencie o resultado de partida, prova ou equivalente”.

Eduardo Bauermann

Eduardo Bauermann, que passou pelo Figueirense e, segundo o MP-GO (Ministério Público de Goiás), foi “contratado” para cometer uma infração em jogo contra o Avaí, pegou 12 jogos de suspensão.

Durante o julgamento, que durou mais de oito horas, a auditora-relatora do caso desqualificou a denúncia da procuradoria em relação a Eduardo Bauermann e enquadrou o atleta no artigo 258 do CBDJ, que fala sobre “assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código”.

Bauermann, inclusive, foi o único dos julgados que se manteve na sessão até o término. Os depoimentos dos atletas julgados, no entanto, foram feitos de maneira sigilosa e não tiveram a transmissão do portal do STJD.

Mais condenações

Ao todo o STJD aplicou uma suspensão superior a 2,5 mil dias. A lista foi encabeçada pelo zagueiro Paulo Miranda que foi punido com 1.000 dias e R$ 70 mil de multa.

Moraes, atualmente na Aparecidense-GO, foi punido com 760 dias e uma multa de R$ 55 mil.

Fernando Neto, do São Bernardo, foi punido com 380 dias e R$ 15 mil de multa.

O argentino Kevin Lomónaco, do Red Bull Bragantino, foi suspenso por 380 dias e terá que pagar R$ 25 mil em multa.

Absolvição

O lateral Igor Cariús, do Sport Recife, foi o único absolvido entre os denunciados até aqui.

A reportagem ainda não conseguiu confirmar a manobra aplicada pela defesa, mas a confirmação é de que o atleta de 30 anos foi isentado e, dessa forma, pode voltar a entrar em campo pelo time de Pernambuco.

Rescaldo do julgamento

  • Gabriel Tota (Ypiranga-RS): banimento e R$ 30 mil;
  • Matheus Gomes (sem clube): banimento e R$ 10 mil;
  • Eduardo Bauermann (Santos): 12 jogos;
  • Paulo Miranda (sem clube): 1.000 dias e R$ 70 mil
  • Moraes (Aparecidense-GO): 760 dias e R$ 55 mil
  • Fernando Neto (São Bernardo): 380 dias e R$ 15 mil;
  • Kevin Lomónaco (Bragantino): 380 dias e R$ 25 mil;
  • Igor Cariús (Sport): absolvido.

Primeiros condenados

O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) puniu dois atletas envolvidos no esquema de manipulação de resultados deflagrado na Operação Penalidade Máxima.

Marcus Vinícius Alves Barreira, o Romário, ex-Vila Nova, foi banido do futebol. O outro condenado foi o volante Gabriel Domingos, também ex-Vila, foi suspenso pelo prazo de 720 dias.

Mais atletas julgados

O STJD marcou para o próxima terça-feira (6), a partir das 11h30, o julgamento de mais cinco jogadores investigados na Operação Penalidade Máxima I.

  • Allan Godói (Operário-PR)
  • André Luiz (Ituano)
  • Mateusinho (Cuiabá)
  • Paulo Sérgio (Operário-PR)
  • Ygor Ferreira (Sampaio Corrêa).

Relembre o caso

A investigação iniciada pelo Ministério Público de Goiás, nomeada de Operação Penalidade Máxima, listou pelo menos 13 partidas com suspeita de esquema de manipulação. Segundo o site do órgão, oito jogos seriam da Série A do Campeonato Brasileiro de 2022, além de um da Série B e quatro em estaduais neste ano.

Segundo o MP-GO, entre os lances estariam levar um cartão amarelo, cometer um pênalti e até ser expulso, por exemplo. Para isso, aliciadores faziam propostas e pagavam aos atletas quantias em dinheiro, às vezes passando de R$ 100 mil. Bruno Lopez, um dos apostadores detido na primeira fase da operação, seria o líder do esquema.

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