Com 2 leitos disponíveis, 83 mil pessoas em Florianópolis ainda não tomaram vacina de gripe

Florianópolis tem 83 mil pessoas da população prioritária para a vacinação contra a gripe que ainda não se vacinou. Com nenhum leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) disponível na cidade, os casos da doença só aumentam. Os dados são do portal oficial do governo do Estado. 

Segundo a SES-SC (Secretaria do Estado da Saúde de Santa Catarina), a maior causa de internações das crianças na cidade são por doenças respiratórias, entre elas, a influenza. No entanto, apenas 6.041 das 31.132 crianças se vacinaram contra a gripe.

Gripe está lotando leitos de UTI

Florianópolis tem 83 mil pessoas que ainda não se vacinaram – Foto: Freepik/Banco de Imagens/ND

Já os adultos, segundo a pasta, estão internados por variadas doenças, mas não se descarta também a gripe. Além do vírus influenza, a dengue tem superlotado os leitos na cidade.

A vacinação em todo Estado está liberada para todos os públicos, e irá até o dia 30 de junho.

Vacina ajuda a evitar formas graves da gripe

De acordo com o médico infectologista Amaury Mielle, a vacina contra a doença é muito importante para ajudar a evitar as formas mais graves do vírus.

“A importância é clara. A gripe como qualquer doença respiratória é transmissível e tem contexto social. A vacinação não só protege quem está sendo vacinado, mas toda a sociedade. Estamos vivendo com a influenza há muito tempo. Agora estamos com muitos vírus circulando impactando os quadros clínicos. É só pararmos para ver as UTIs que estão abarrotadas de crianças com infecções respiratórias”, fala.

O Ministério da Saúde reforça a fala do infectologista em seu site oficial. De acordo com o Ministério, a vacinação contra a influenza permite, ao longo do ano, minimizar a carga e prevenir o surgimento de complicações decorrentes da doença, reduzindo os sintomas nos grupos prioritários além de reduzir a sobrecarga sobre os serviços de saúde.

A gripe

De acordo com o Ministério da Saúde, o período de incubação dos vírus influenza é geralmente de dois dias, variando entre um e quatro dias. Os sinais e os sintomas da doença são muito variáveis, podendo ocorrer desde a infecção assintomática até formas graves.

Os quadros graves ocorrem com maior frequência em indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco para as complicações da infecção, lactentes no primeiro ano de vida e crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade, gestantes, idosos com 60 anos ou mais e pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais.

A transmissão ocorre principalmente de pessoa para pessoa, por meio de gotículas respiratórias produzidas por tosse, espirros ou fala da pessoa infectada para uma pessoa suscetível.

Já a SG (Síndrome Gripal) geralmente têm o aparecimento súbito de febre, dor de cabeça, dores musculares, tosse, dor de garganta e fadiga. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias.

Os sintomas respiratórios como a tosse e outros tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral de três a cinco dias após o desaparecimento da febre.

Nos casos mais graves, geralmente, existe dificuldade respiratória e há necessidade de hospitalização. Em situações onde ocorre agravamento dos casos, estes podem evoluir para a Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave) ou mesmo a morte.

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