‘Melhor do mundo’: como a cachaça de Luiz Alves passou de tesouro familiar para pilar econômico

A estrada para Luiz Alves, no Vale do Itajaí, é rodeada de plantações de banana. Até onde o olho vê, os bananais se estendem pelo terreno sinuoso, uma imensidão de verde quebrada apenas pelo azul dos sacos plásticos usados para proteger os cachos. No entanto, quem chega no portal da cidade tem como boas-vindas o cheiro da cachaça produzida nos 10 alambiques do município.

Alambique da família Schoepping, de Luiz Alves

Alambique da família Schoepping, em Luiz Alves – Foto: Luiz Lerner/ND

Em 2018, Luiz Alves foi reconhecida por lei como Capital Catarinense da Cachaça. Mas a tradição vem de antes disso. Em 1916, o avô de Paulo Schoepping produziu a primeira cachaça, quando o município ainda pertencia a Itajaí (e o nome da cidade ainda era Itajahy).

Quadro da primeira cachaça família Schoepping

Registro da primeira cachaça produzida pela família Schoepping – Foto: Luiz Lerner/ND

Histórias que se conectam

Em 1935, o produto foi registrado e o alambique da família se tornou um dos principais do município. O pai de Paulo, Leopoldo (que hoje dá nome à rua onde o alambique fica) foi vereador de Itajaí e prefeito de Luiz Alves após a emancipação política do município, e a memória dele é celebrada diariamente.

O rosto de Leopoldo está estampado em um quadro logo na entrada do alambique, como quem assiste de camarote quem chega para experimentar a Cachaça Schoepping. Hoje, quem toca o negócio é Paulo e o filho. Só os dois. Eles que compram o melado da cana-de-açúcar, produzem o líquido precioso e embalam. Tudo é feito manualmente.

Alambique Schoepping

Rosto de Leopoldo Schoepping está eternizado em um quadro na entrada do alambique da família – Foto: Luiz Lerner/ND

A produção é pequena e exclusiva: são apenas cerca de 250 litros por mês. Mas é suficiente para cravar o nome da família na história e na economia catarinense. Em toda a cidade, incluindo a produção mais industrializada, são mais de 1 milhão de litros de cachaça produzidos por mês.

Paulo também é presidente da ACPALA (Associação dos Produtores de Cachaça Artesanal de Luiz Alves), que agrega 10 produtores. Eles têm em comum a tradição familiar e décadas de produção artesanal, além de um diferencial que só a cachaça luiz-alvense tem: uma levedura única no mundo.

É por isso que a associação luta pelo selo de Identificação Geográfica (IG) da cachaça. O IG remete à localização de origem e às condições especiais da fabricação do produto. Isso garante que o consumidor tenha certeza de estar comprando um produto diferenciado pela qualidade da procedência, valorizando a cultura local e fomentando atividades turísticas.

O IG e a denominação de origem permitirão aos produtores do município evidenciar as características únicas que só a cachaça de Luiz Alves carrega. “Essa identificação é muito importante para o município. Acaba com a pirataria, por exemplo. A gente passa em alguns lugares e muitos estabelecimentos colocam uma placa ‘cachaça de Luiz Alves’. Entretanto, você entra no local e não tem cachaça da cidade. Muitas vezes querem vender produtos que nem cachaça é”, afirma Paulo.

Enquanto isso, os alambiques recebem apoio local e nacional, como da prefeitura de Luiz Alves, Univali (Universidade do Vale do Itajaí), Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Furb (Universidade Regional de Blumenau), ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) são só algumas das instituições que apoiam os produtores. O apoio vem em forma de especialização e estratégias de mercado.

De Luiz Alves para o mundo

O objetivo de Paulo é levar a cachaça produzida por ele e pelo filho para Luxemburgo. Os Schoepping têm ascendência luxemburguesa, por isso, Paulo quer entrar no mercado europeu com o que os estrangeiros chamam de “rum brasileiro”.

A secretária de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Luiz Alves, Priscilla Erbs de Freitas, reforça o significado da cachaça e da banana para a cultura luiz-alvense. A cidade vive e respira essa indústria, e exporta a cultura para todo o Estado.

O desenvolvimento da cachaça, segundo Paulo, teve um ponto crucial a partir dos anos 2000, momento em que a bebida saiu do ostracismo e deixou de ser considerada “coisa de boteco”. O estigma criado em torno da cachaça de que a bebida era do submundo foi deixado de lado. Hoje a cachaça possui reconhecimento internacional, presente em restaurantes de luxo, hotéis e convenções. A bebida virou sinônimo de comemoração e as pessoas passaram a enxergar a cachaça com bons olhos, como um produto genuinamente brasileiro. “Isso faz diferença e fez com que os produtores investissem em produção, tecnologia e novos mercados, inclusive de exportação”.

Uma festa para chamar de sua

Nos anos 1980, o município decidiu criar uma festa para comemorar a tradição. A comemoração veio como uma maneira de tentar frear o êxodo rural, e parece ter funcionado. A FENACA (Festa Nacional da Cachaça e Festa da Banana) volta ao calendário do município em 2023 como mais que uma celebração: uma maneira de ampliar os negócios.

Este ano, a festa acontece de 14 a 16 de julho, e além da música e atrações culturais, retoma a mostra econômica, “para mostrar o que Luiz Alves tem de melhor”. A última festa, em 2019, recebeu cerca de 40 mil pessoas em quatro dias, mas as expectativas são maiores para este ano.

Um dos responsáveis por instaurar a Festa da Cachaça em Luiz Alves, João Lídio Sprada, de 76 anos, é engenheiro agrônomo e responsável técnico pela cachaçaria Bylaardt. Professor aposentado pelo Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ele atuou no Centro de Ciências Agrárias por quase 30 anos.

O engenheiro foi responsável pela festa entre os anos de 1971 e 1977. João relembra que na década de 70 houve uma crise na produção de cachaça na cidade. Na época, havia diversos alambiques em Luiz Alves e, com a queda no preço da iguaria, muitas famílias produtoras foram afetadas.

“Com a crise, houve um abandono na produção de cana-de-açúcar na época. Muita gente foi embora de Luiz Alves e esvaziou o setor rural. Para incentivar esses produtores a continuar com a produção, nós começamos a fazer um projeto, a Festa da Cachaça”.

Junto com produtores e trabalhadores da área, foi apresentado um plano anual de desenvolvimento rural para o município. “Mas demorou muito, porque teve que ser aprovado na câmara e levou muito tempo até a festa ser formalizada”, explicou.

João destaca que com o evento, foi reativado o processo produtivo na cidade, onde novas plantações de cana começaram a surgir. A festividade impulsionou a produção da iguaria na região.

Cidade pequena

Os 40 mil visitantes da última FENACA se somam aos pouco menos de 13 mil habitantes de Luiz Alves uma vez por ano. Mas estes 12.249 habitantes (segundo o Censo Demográfico de 2022) são quem movimentam a cidade o ano todo. Conforme levantamento de 2020, o PIB (Produto Interno Bruto) do município chegava a R$ 593.036,61. O valor anual representa tudo o que é produzido ou comercializado na cidade.

Entre 2010 e 2014, o crescimento do PIB municipal apresentou uma taxa média de crescimento de 9,7% ao ano. Este crescimento, segundo o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), foi abaixo da média estadual, que no mesmo período atingiu os 12,2% ao ano.

Dados do Ministério do Trabalho e Emprego, através do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de 2020 mostram Luiz Alves com 5,1 mil empregos formais. Em 2015, os comércios de reparação de carros, motos e revenda de veículos lideravam o ranking, com 244 estabelecimentos do segmento. Em seguida, aparecem as indústrias de transformação, com 215 estabelecimentos e só aí a agricultura, pecuária e produção florestal, com 134 empresas na cidade.

Mesmo com 134 empresas do ramo registradas na cidade, havia apenas 255 trabalhadores formais atuando na área, sugerindo uma grande informalização do setor, bem como o predomínio da agricultura familiar.

“Um dos setores que menos formalizam seus empregos é a agricultura. Os fatores que contribuem para isso são o menor nível de fiscalização por parte dos órgãos competentes, pela dificuldade de acesso, menor nível de instrução dos trabalhadores que, por consequência, possuem menos conhecimento dos direitos trabalhistas e das consequências da não formalização dos seus empregos e menor nível de conhecimento dos próprios empregadores em relação às suas obrigações legais”, opina o professor universitário Edivan Junior Pommerening, que leciona disciplinas ligadas ao mercado financeiro na Unoesc (Universidade do Oeste de Santa Catarina).

Outra estatística que chama a atenção é o percentual de população ocupada com alguma atividade profissional muito abaixo da média estadual. Enquanto em Santa Catarina este percentual gira em torno de 75% conforme dados de 2022, em Luiz Alves este percentual estava em apenas 39% em 2020.

Ainda segundo dados de 2015, as empresas de micro e pequeno porte representavam 99,3% dos estabelecimentos presentes no município, empregando 51,9% da força de trabalho disponível na cidade.

Dados do IBGE revelam também a remuneração da população local abaixo da média. Enquanto a média salarial dos catarinenses, era de R$ 2.803 em 2020 (cerca de 2,7 salários mínimos na época), o salário médio mensal dos trabalhadores formais em Luiz Alves girava em torno de apenas 2 salários mínimos.

Luiz Alves
Infogram

Impostos

Com relação aos tributos arrecadados na cidade, dados da Secretaria de Estado da Fazenda revelam que, em 2022, Luiz Alves arrecadou R$ 46.867.174,31 aos cofres estaduais. Neste montante, estão incluídos ICMS, IPVA e outras taxas do Estado.

Já a arrecadação do poder público municipal, segundo o PPA (Plano Plurianual), chegou em 2020 a R$ 53.717.800,98 durante todo o ano, sendo que boa parte deste valor se deve a repasses de outras esferas de governo.

A arrecadação própria através de tributos, impostos, taxas municipais ou outras fontes de receita para o município somou R$ 4.835.006,93 em 2020. A maior fonte de arrecadação do município ainda foi o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano): cerca de R$ 1,1 milhão.

Produção da agricultura de Luiz Alves foi detalhada no Censo Agropecuário do IBGE

No Censo Agropecuário de 2017, segundo o IBGE, Luiz Alves aparece como segundo município catarinense que mais produz banana, perdendo apenas para Corupá, no Norte Catarinense. Somente naquele ano, foram produzidas 102.697 toneladas da fruta na cidade, contra 128.480 toneladas do município líder.

A produção de palmito em Luiz Alves também é forte e o município ocupa a vice-liderança estadual na produção da planta, perdendo somente para a cidade vizinha de Massaranduba. O município do Vale do Itajaí produziu em 2017 um total de 6.401 toneladas do item, contra 9.926 do município vizinho do Norte do Estado, líder absoluto em Santa Catarina.

Mesmo sendo referência quando o assunto é cachaça, a produção da cana-de-açúcar de Luiz Alves é baixa, e aparece por volta da 20ª posição no Estado, representando cerca de 1,5 mil toneladas. O município campeão no Estado é Rio Fortuna, no Sul Catarinense, com uma produção de 4.398 toneladas em 2017.

Dados do IBGE também apontam que Luiz Alves arrecadou somente em 2015, R$ 69,9 milhões com a produção de banana, R$ 8,4 milhões com o cultivo de palmito e R$ 2,7 milhões com a cana-de-açucar. A indústria madeireira também está presente na cidade, com destaque para plantação de eucalipto e pinus, movimentando R$ 7,8 milhões no mesmo ano.

Na pesca, Luiz Alves desponta como 14º produtor estadual de tilápias e 25º de carpas, garantindo R$ 2,7 milhões com a produção das duas culturas da aquicultura somadas, segundo dados de 2015.

Produção agropecuária de Luiz Alves está em franca expansão

Segundo dados levantados pelo professor universitário Edivan Junior Pommerening, bacharel em Ciências Contábeis que possui MBA em Gestão Estratégica em Cooperativas de Crédito Rural com interação solidária pela Unoesc (Universidade do Oeste de Santa Catarina), o setor agropecuário de Luiz Alves cresceu 184,88% de 2020 para 2021.

O professor aponta que a agricultura que movimentou R$ 44,2 milhões em 2020 subiu para R$ 126,1 milhões em 2021. A indústria, porém, cresceu somente 2,94% no mesmo período, de R$ 154,1 milhões para R$ 158,7 milhões. “As atividades agropecuárias e industriais, onde estão contidas as culturas de banana e cachaça, respondem por quase metade do PIB de Luiz Alves”, afirma o pesquisador.

Edivan também enfatiza que a banana está situada na relação de lavouras permanentes, enquanto nas lavouras temporárias o destaque é o arroz com casca e a cana-de-açúcar. A área de lavouras temporárias no município gira em torno de 45 hectares, movimentando R$ 203,21 milhões por ano aos produtores. “Segundo a Epagri, em Santa Catarina os preços negociados no mercado de atacado foram 14,9% maiores em relação ao ano anterior”, revela.

Rota da Cachaça

Não é só uma vez por ano. Durante todo o ano, quem visita Luiz Alves atrás do líquido precioso pode fazer a Rota da Cachaça, iniciativa criada em 2018 e que envolve os 10 alambiques espalhados pela cidade.

Mapa da "Rota da Cachaça", em Luiz Alves

A Rota da Cachaça é composta por 10 alambiques espalhados pela cidade – Foto: Prefeitura de Luiz Alves/Reprodução/ND

O percurso de cerca de 25 quilômetros, atrai visitantes de todo o Estado, do país e do mundo. Priscilla conta que existem projetos para iniciar um turismo receptivo na cidade, para receber quem vem dos cruzeiros que atracam em Porto Belo e São Francisco do Sul, por exemplo.

Afinal, o que é a cachaça?

Paulo crava uma explicação definitiva do que é a cachaça: “Toda cachaça é aguardente, mas nem toda aguardente é cachaça”. Isso porque a aguardente pode ser derivada de outras plantas além da cana-de-açúcar. A bebida deve ter entre 38% e 54% de teor alcoólico, e isso pode incluir bebidas como whisky, rum, conhaque, vodka, e a cachaça.

Produzida com a cana-de-açúcar, a cachaça é o resultado da fermentação do caldo da cana, extraído da planta logo após o corte. É preciso extrair o caldo logo quando o caule é cortado, já que a vida útil da planta depois disso é muito curta.

Após ser colhida, a cana-de-açúcar é moída, tem seu caldo fermentado e é feita a evaporação, sendo transformada em cachaça. Esse processo de fermentação é feito em dornas de inox, por meio de uma levedura única em Luiz Alves, que transforma o açúcar em álcool.

Por ser feita em um processo artesanal, o engenheiro João Lídio Sprada diz que a cachaça luiz-alvense é a melhor do país, pois não é industrializada como a maioria produzida no Brasil. Segundo ele, até em Minas Gerais, considerada a maior rival da produção catarinense, a cachaça de Luiz Alves é reconhecida.

“Aqui é de alambique e tem todo o processo manual, por isso ela é diferente. Os produtores de cachaça daqui são muito responsáveis. Eu acompanho a maioria deles e pode ter certeza, é a melhor do Brasil”.

Envelhecida em carvalho, com aromas e sabores diferentes, coquetéis e licores, a bebida agrada os mais variados tipos de paladares. Mas como diferenciar uma cachaça boa de uma ruim?

É claro que a melhor maneira de ter certeza se a cachaça é de qualidade ou não, é degustando. Mas nem sempre o consumidor consegue experimentar o produto antes de comprar ou não sabe como encontrar a cachaça do seu gosto.

Para ajudar nessa missão, o portal ND+ conversou com um especialista no assunto. Gabriel Davenir Spézia, de 25 anos, carrega no sangue a produção artesanal da cachaça, que possui mais de 70 anos de tradição na família. Neto do fundador de um tradicional alambique de Luiz Alves, hoje o jovem administra o seu próprio empreendimento na cidade.

Segundo o produtor, a cor da cachaça pode indicar se ela é boa ou não. “O consumidor deve levar em conta alguns fatores na hora de comprar uma cachaça. Quando você vai pegar uma garrafa ela vai estar fechada, o cliente precisa olhar a cor dela, se é uma cachaça líquida, transparente e se não está turva. Já quando existe a oportunidade de degustar a bebida, é preciso prestar atenção no aroma e claro, se ela é agradável ao seu paladar”.

Quanto aos tipos de cachaça, Gabriel revela que se engana quem pensa que é tudo igual. “Existem vários tipos de cachaça. A pura, que é quando a bebida sai direto do alambique e não envolve nenhum processo específico. Outro tipo comum é a padronizada, feita da graduação alcoólica, própria para engarrafar e vender. Tem ainda as envelhecidas e os coquetéis. Tudo isso será avaliado na hora de padronizar e fazer a receita final de cada cachaça”.

Qual devo escolher?

O teor alcoólico, acidez, sabor, aroma e o tipo de envelhecimento também são critérios que devem ser levados em conta na hora de escolher a cachaça que mais agrada o paladar. Por exemplo, para quem gosta de bebidas mais suaves e com pouco teor alcoólico, a indicação é escolher um licor, feito a partir de cachaça ou aguardente.

“As cachaças mais fortes são a branca e amarela, que são as puras e envelhecidas. Essas são indicadas para aqueles que gostam do sabor autêntico. Já para quem gosta de uma bebida mais suave, a indicação é escolher os coquetéis e licores. São cachaças mais suaves, com maior teor de açúcar, deixando mais suave no paladar”, explica Gabriel.

Cachaça envelhecida

Quanto mais velha melhor? Na degustação de cachaça esse ditado popular também se aplica. Isso porque o envelhecimento da cachaça vai agregar no sabor. “O processo diminui a acidez, deixa a bebida mais ‘macia’ para o paladar, altera a cor, aspecto, e principalmente, o sabor. Já que o processo de envelhecimento tira aquele gosto de cana e melado, deixando mais notas de sabor da madeira. Ou seja, vai trazer mais o gosto de baunilha, caramelo e mel. A cachaça fica mais saborosa”.

“Existem cachaças que chegam a ficar de seis a doze meses armazenadas. As brancas, por exemplo, ficam ‘descansando’ para então serem comercializadas. E as envelhecidas podem ficar até 15 anos nos barris”.

O engenheiro João Lídio Sprada reforça ainda que a madeira do barril do tonel transfere para a cachaça a qualidade do gosto e odor. “Quanto mais tempo armazenado, mais transferência ocorrerá, sem dúvida nenhuma”, explica.

Tonéis de madeira para envelhecimento de cachaça

Tonéis de madeira para envelhecimento de cachaça – Foto: Aysla Pereira/ND

“Hoje as cachaças que mais possuem saída no nosso alambique é a tipo ouro, que é a bebida que fica armazenada em barris de madeira. Essa em específico agrada o paladar de quem gosta da bebida pura e com o sabor do carvalho que ela fica armazenada. Em seguida os coquetéis, que são as cachaças saborizadas e mais suaves. Essa em específico, agrupa um grupo maior de consumidores, desde os mais jovens até os mais velhos”, complementa Gabriel.

Qualidade em cada detalhe

Para que a cachaça seja boa, o produtor ou cachaceiro, como é popularmente conhecido, deve tomar cuidados na hora da produção artesanal ou industrializada. “No meu ponto de vista, para uma cachaça de qualidade o foco principal que vem da raiz da produção da bebida é a fermentação. Fazendo o manejo correto, no fim você terá uma cachaça de ótima qualidade”, pontua Gabriel.

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