Entrevista: André Santos lamenta não ter ido à Copa: ‘gostaria de perguntar ao Dunga’

Paulista de nascimento, mas manezinho de coração, o ex-jogador de futebol e lateral André Santos não esconde sua admiração e identificação por Florianópolis e região.

André Santos no Grupo ND

André Santos conversou com a reportagem do Arena ND+ – Foto: Ian Sell/ND

Aos 40 anos de idade e aposentado desde 2018, Santos administra sua vida como ex-jogador de futebol, colhendo seus frutos a partir de investimentos em diferentes ramos, na maioria, enraizados na Grande Florianópolis.

O atleta, que ganhou projeção nacional com a camisa do Figueirense, passou por Corinthians, Grêmio, seleção brasileira, Arsenal-ING, Fenerbahçe-TUR, visitou a sede do Grupo ND, no Morro da Cruz, onde conversou com o Arena ND+.

>>> Ouça o podcast aDiversa com o ex-jogador André Santos

O ex-atleta falou sobre grandes craques com quem compartilhou o campo de futebol e a redução na diferença estrutural entre Brasil e Europa, entre outros temas. Compartilhou ainda uma espécie de “mágoa” que carrega por não ter feito parte da seleção brasileira que disputou a Copa-2010.

André Santos com a camisa da seleção brasileira; atleta lamenta não ter participado da Copa do Mundo de 2010 - CBF/Divulgação
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André Santos com a camisa da seleção brasileira; atleta lamenta não ter participado da Copa do Mundo de 2010 – CBF/Divulgação

André Santos durante apresentação no Arsenal; atleta jogou com grandes nomes do futebol brasileiro e mundial - Arsenal/Divulgação/ND
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André Santos durante apresentação no Arsenal; atleta jogou com grandes nomes do futebol brasileiro e mundial – Arsenal/Divulgação/ND

André Santos visita CT Romeu Georg, em Blumenau; o ex-jogador, hoje, é radicado em Santa Catarina onde é empresário em vários segmentos - Divulgação
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André Santos visita CT Romeu Georg, em Blumenau; o ex-jogador, hoje, é radicado em Santa Catarina onde é empresário em vários segmentos – Divulgação

O então técnico Dunga optou por Michel Bastos e Gilberto como laterais-esquerdos e acabou preterindo o atleta que, uma ano antes, fora campeão da Copa das Confederações como titular.

Veja o que André Santos disse sobre Dunga

André Santos em entrevista concedida ao Grupo ND – Vídeo: Diogo de Souza/ND

Veja mais da conversa entre André Santos e o Arena ND+.

Arena ND: você teve a oportunidade de jogar com grandes jogadores, bem como ser treinado por grandes treinadores. Se pudesse, por favor, listar alguns nomes que te marcaram na tua carreira…

André Santos: Eu acho que vou ficar aqui muito tempo se eu for listar, mas eu vou listar alguns que eu já era fã, eu sempre joguei com eles no videogame e depois estive do lado deles depois: Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Roberto Carlos, ser treinado por Arsené Wenger, Zico, Dunga, Luxemburgo; joguei com Neymar, com o Robinho. Joguei com Van Persie, com Beckham, com Thierry Henry. São peças fundamentais que, se parar para citar, vão ser inúmeras pessoas, tanto no aspecto de qualidade como aspecto como ser humano.

André, qual a diferença que você ainda vê na preparação e estrutura do futebol brasileiro para com o futebol europeu?

É complicado, o futebol é muito diferente entre o brasileiro e o europeu, mesmo tendo o Campeonato Brasileiro como um dos mais difíceis do mundo.

Mas eu acho que os europeus ainda estão muito na frente, por toda a estrutura. Eu te falo pelo Arsenal. O clube tem 25 campos de treinamento para treinar.

Ok, todos os clubes têm estrutura, mas isso [na Europa] vem de lá atrás. Muitas coisas saem muito mais rápido na Europa, que no Brasil. Nos últimos 10 anos o Brasil evoluiu muito em todos os aspectos, mas o europeu ainda está na frente.

André, alguém te explicou ou justificou o fato de você não ter ido para a Copa do Mundo de 2010, mesmo estando em grande fase naquela época?

Foi um sonho realizado ter estado na seleção brasileira, mesmo sem ter ido à Copa. Eu até gostaria de perguntar ao Dunga, até hoje, mas não tive a oportunidade de falar com ele. Até por que ele levou dois atletas da posição que nem estavam jogando na função. Hoje são meus amigos, e tal, mas são eles o Michel Bastos que estava jogando na Alemanha, na segunda linha da frente pelo lado direito; e o Gilberto, no Cruzeiro, que jogava no meio-campo. Ele levou dois atletas que não estavam jogando nem na posição que eu, um ano antes, tinha sido campeão [na Copa das Confederações de 2009].

Mas você voltou à seleção, logo depois, com o novo ciclo e com o Mano Menezes.

Exatamente, depois da Copa eu voltei à seleção brasileira. Eu vinha muito bem no Corinthians, aí fui convocado de novo, eu dei minha primeira assistência para o Neymar na seleção brasileira. Para mim, a minha experiência com a seleção foi muito mais positiva que negativa.

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