Mãe de menino que desapareceu em SC e foi encontrado em SP visita filho em abrigo

Criança foi encontrada em um carro na Zona Leste de São Paulo

Criança foi encontrada em um carro na Zona Leste de São Paulo (Foto: Ilustrativo/Freepik)

Informação foi confirmada pelo advogado da família

A mãe do menino de 2 anos desaparecido em Santa Catarina no início de maio e achado em São Paulo dias depois voltou a encontrar a criança após um mês do início da investigação sobre o caso. Ela e a avó estiveram no abrigo onde o bebê foi acolhido, em São José. O encontro foi confirmado pelo advogado da família ao g1.
A visita ocorreu há duas semanas. Conforme afirmou o defensor, os avós pediram à Justiça a guarda provisória do menino, mas não tiveram respostas até então. O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), procurado pela reportagem, afirmou que não vai se manifestar.
A previsão inicial era de que o inquérito fosse finalizado em 30 dias, conforme a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP/SC). A reportagem procurou nesta segunda a Polícia Civil, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e o TJSC para saber qual o estágio da investigação, mas não teve respostas até a publicação deste texto.
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Entenda o caso
A investigação sobre o desaparecimento do menino de 2 anos em Santa Catarina ocorre desde o dia 5 maio, após a família registrar um boletim de ocorrência em São José, na Grande Florianópolis. O bebê, conforme a polícia, havia sido visto pela última vez com a mãe no dia 30 de abril.
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De acordo o delegado geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel, a mãe teria entregado o bebê por “livre e espontânea vontade”, e recebeu o valor de R$ 100 como ajuda de custo para levar o menino de casa até o “ponto de entrega” combinado. O envolvimento de mais dinheiro na ação será investigado após a quebra de sigilo bancário.
Dias depois, a mãe deu entrada a um hospital da Grande Florianópolis e teve alta no mesmo dia em que o bebê foi encontrado, 8 de maio, e que ela também prestou depoimento. O menino foi achado com um casal — Roberta Porfírio e Marcelo Valverde — em um carro com placa adulterada em São Paulo. Na abordagem, os dois apresentaram a Certidão de Nascimento da criança e afirmaram estar indo ao fórum regularizar a adoção. Eles foram presos em flagrante, suspeitos de tráfico de pessoas.
A Polícia Civil de Santa Catarina investiga o envolvimento de outras duas pessoas no desaparecimento. Uma delas é a esposa de Marcelo, identificada como Juliana, e que teria feito o depósito dos R$ 100 para a mãe do menino.
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Ainda de acordo com a investigação, a mãe da criança teria sido “aliciada” por Marcelo desde o nascimento do filho para entregar a criança. A conversa entre os dois foi feita via internet.
Em entrevista exclusiva ao Fantástico, a mãe disse que havia feito contato inicial com Marcelo Valverde Valezi, um dos suspeitos de tráfico humano no caso, em 2020, através de um grupo de apoio a mães de primeira viagem em uma rede social. Desde aquela época, ele teria mostrado interesse em ter filhos junto com a esposa e forçava propostas. Em abril deste ano, a mãe da criança e o aliciador teriam retomado contato, quando ele disse que uma outra mulher, Roberta Porfírio, poderia pegar a criança. A situação ocorreu em 30 de abril.
Apesar da entrega voluntária, o Código Penal descreve como crime o ato de registrar o filho de outra pessoa como próprio. As informações preliminares eram de que o bebê ficaria com a avó materna no retorno a Santa Catarina, no entanto, a pedido do Ministério Público paulista, ele ficará em um abrigo de São José, cidade onde mora a família, até que a investigação seja concluída.
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