‘Coíbe a violência’: pais opinam sobre PMs em escolas de Florianópolis

As escolas estaduais em Florianópolis receberão nas próximas semanas PMs da reserva para o reforço da segurança das unidades. Para entender a opinião de pais e mães sobre o projeto, o ND+ entrevistou os responsáveis no horário de início do turno vespertino desta quarta-feira (7).

“Acredito que a presença física dos policiais ajudará muito. Quem vier a cometer, algum delito vera a policial e irá embora”, afirma o pedreiro Nelson Abdel.

Escolas de Florianópolis devem ser abarcadas pelo projeto na próxima semana

Projeto do governo de SC e da Polícia Militar insere policiais militares aposentados para a segurança das escolas de SC – Foto: Felipe Bottamedi/ND

O cubano Abdel mora há pouco mais de um ano em Florianópolis e tem um filho de 10 anos matriculado na EEB (Escola de Ensino Básico) Hilda Teodoro Vieira, na Trindade. “Acho que o programa será efetivo.  A porta deve sempre permanecer fechada”, ressalta o pai, destacando a necessidade de se manter o cuidar nas demais medidas de segurança.

O projeto Escolas Mais Seguras, iniciativa da SSP (Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina), começou a ser aplicado no Estado na segunda-feira (5), mas ainda de forma incipiente. A ampliação ocorre conforme o avanço das contratações, destaca a corporação.

As escolas da Capital ainda não estavam abarcadas na iniciativa nesta segunda-feira (7).  “O número de  contratados tem mudado, pois são policiais que já estão aposentados ou a caminho da aposentadoria. Então não são números fixos”, afirmou o secretário de Estado da Segurança Pública, Paulo Cezar Ramos de Oliveira na última segunda-feira (5).

Jesus Santos ressalta a reforça a importância de se manter as outras estratégias de segurança – Foto: Felipe Bottamedi/ND

Desde o ataque que matou há dois meses quatro crianças na creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, a diarista Juliana* reforçou um conselho ao filho de 16 anos: “não tentar fugir pela porta e quebrar uma janela pra fugir da porta”.

“O que não podemos é armar nossos filhos. Precisamos prevenir violência sem causar outras violências”, ressalta a mãe. Para ela, a presença dos PMs ajudará a coibir ataques como o ocorrido em Blumenau.

O pai Carlos Henrique Jesus dos Santos, cujo filho de oito anos estuda na Hilda Teodoro Vieira, concorda. “O policial não ficará integralmente, mas dará um ar de segurança”, avalia. Para Jesus Santos, é importante que a escola seja rigorosa na entrada de estranhos na unidade.

Implementação

A PMSC (Polícia Militar de Santa Catarina( não deu detalhes sobre os locais que já receberam ou que irão receber o efetivo. “Importante ressaltar que o programa está em fase de implementação e a ampliação será gradativa. A secretaria de Segurança fez a parte de elaboração e planejamento”, destaca a corporação.

A fase de contratação e operacionalidade, atualmente em andamento, é realizada diretamente pelas corporações.

Atualmente a SED (Secretaria de Educação de Santa Catarina) finaliza também o processo de contratação de vigilantes para as escolas estaduais. O contrato mensal é de R$ 8,2 milhões.

*A entrevistada pediu para não ser identificada. A reportagem optou por utilizar um nome fictício. 

 

 

Adicionar aos favoritos o Link permanente.