Após morte de dentista por febre maculosa, veja dicas de prevenção da Saúde de SC

A causa da morte da dentista Mariana Giordano, de 36 anos, foi  confirmada como febre maculosa pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, na noite desta segunda-feira (12).

Casal apresentou sintomas logo após vioagem a interior; morte de dentista foi confirmada – Foto: Instagram/Reprodução/ND

A dentista e o namorado, o piloto de corridas de carros e empresário Douglas Pereira Costa, 42 anos, morreram na última quinta-feira (8). A causa da morte dele, porém, ainda é analisada pela pasta. O casal viajou

A suspeita também incluía dengue ou leptospirose, já que os dois apresentarem subitamente febre, dores e manchas vermelhas no corpo no último dia 3 e morreram cinco dias depois, no dia 8 de junho.

O casal havia viajado para a área rural de Campinas, no interior de São Paulo, e ao distrito de Monte Verde, em Minas Gerais.

A secretaria de saúde de Camanducaia, em Minas Gerais, onde fica o distrito de Monte Verde, afirmou em nota que não há registro na cidade de febre maculosa e do carrapato transmissor há mais de 20 anos.

Também afirmou ser improvável que o casal tenha pego a doença na cidade, uma vez que os sintomas apareceram justamente no dia em que o casal chegou a Monte Verde.

Em Santa Catarina foram registrados 19 casos leves de febre maculosa causados pela bactéria Rickettsia parkeri neste ano. Em 2022, foram registrados 41 casos.

“Não há óbitos nem casos graves [que são causados pela bactéria  Rickettsia rickettsii] de febre maculosa registrados em Santa Catarina, informou a Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológico de Santa Catarina).

O que é febre maculosa?

A febre maculosa é causada por uma bactéria transmitida por carrapatos e foi registrada no país pela primeira vez em 1929. Ela apresenta sintomas parecidos aos da dengue e leptospirose, como febre alta, dores musculares, inchaço e vermelhidão nas mãos e nos pés.

A doença pode ser originada por diversas bactérias, sendo a espécie Rickettsia rickettsii a mais importante do Brasil. Na forma grave, causa paralisia dos membros e dos pulmões e por isso apresenta alta letalidade. O tratamento é feito com antibiótico específico.

Como é a transmissão?

Segundo a Dive, a transmissão ocorre pela picada de carrapato infectado. Para que a bactéria se reative e possa ocorrer a infecção no homem, há necessidade que o carrapato fique aderido no corpo de quatro a seis horas.

Pode também ocorrer contaminação através de lesões na pele, pelo esmagamento do carrapato.

Ainda segundo o órgão, a febre maculosa é mais comum entre abril e outubro, periodo em que predominam as formas jovens do carrapato. Como elas são menores que os adultos, passam despercebidas, conseguem ficar fixadas à pele das pessoas por mais tempo e portanto, tem mais chance de transmitir as bactérias.

Como prevenir

  • Evitar caminhar em áreas conhecidamente infestadas por carrapatos no meio rural e silvestre;
  • Quando for necessário caminhar por áreas infestadas por carrapatos, vistoriar o corpo em busca de carrapatos em intervalos de 3 horas, pois quanto mais rápido for retirado o carrapato, menor serão os riscos de contrair a doença;
  • Utilizar barreiras físicas como calças compridas com parte inferior por dentro das botas;
  • Recomenda-se o uso de roupas claras, para facilitar a visualização dos carrapatos;
  • Não esmagar (comprimir) os carrapatos com as unhas pois com isso pode-se liberar as bactérias, que têm capacidade de penetrar através de lesões na pele:
  • Aparar o gramado o mais rente ao solo, facilitando, assim, a penetração dos raios solares;
  • Usar carrapaticidas nos animais domésticos (cão e gato) e nos animais de criação (bovinos e equinos);
  • Cão da cidade que vai ao campo é mais suscetível à doença – tratá-lo com produto carrapaticida quando voltar à cidade.
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