Prisco explica ‘carta na manga’ do Figueirense para resolver situação financeira a médio prazo

Presidente do Conselho de Administração da SAF do Figueirense, Paulo Prisco Paraíso concedeu entrevista exclusiva ao podcast “Ao Mestre com CaRRinho” do Arena ND+ na última quarta-feira (12). Entre os assuntos debatidos dentro da “dramática” situação financeira vivida pelo clube esteve a situação do ginásio Carlos Alberto Campos.

Presidente da SAF do Figueirense, Paulo Prisco Paraíso conversou com o Arena ND+

Paulo Prisco Paraíso em entrevista ao Arena ND+ – Foto: Reprodução/ND

O Furacão esteve por anos em uma disputa judicial com a Prefeitura de Florianópolis, referente a posse de local, ao lado do estádio Orlando Scarpelli, no bairro Estreito.

Com o fim do imbróglio, o juiz Jefferson Zanini ratificou a desapropriação indireta, em composição amigável do litígio. Com isso, Figueirense e Prefeitura chegaram a um acordo que consiste em uma transferência da possse do terreno ao clube, com o pagamento referente às benfeitorias realizadas no espaço.

O ginásio surge hoje como uma alternativa, a médio prazo, para o Furacão arrecadar fundos diante da grave crise financeira que vive.

“Nossa ações de médio prazo, em torno três a seis meses, envolvem uma possível engenharia imobiliária no terreno do ginásio Carlos Alberto Campos que voltou ao Figueirense”, explica Paulo Prisco.

“Temos R$ 1,1 milhão para pagar, mas se for feito o pagamento em 60 dias a posse do terreno vem para o Figueirense, a Prefeitura desmanta o ginásio, que tem problemas estruturais, e impossibilita o uso para alguns fins”, prossegue.

“A ideia é desenvolver um projeto imobiliário que envolve dois grupos locais e que nos permitiria em dinheiro, no ato, resolver o problema do fluxo de caixa que nós temos, e em parcelas mensais de até 25 meses, ter o complemento para esse R$ 1,5 milhão (mensal), mas também para ter R$ 1,8 milhões, R$ 2 milhões, porque eu tenho que investir mais no futebol para atingir o meu objetivo”, completa o mandatário.


Paulo Prisco Paraíso explica situação financeira do Figueirense ao ND+ – Vídeo: Reprodução/ND

Ainda de acordo com Paulo Prisco, a ideia dessas ações imobiliárias é o ponto chave da questão. Segundo ele, isso vai dar ao Figueirense um período de 18 a 24 meses de um fluxo mensal de caixa, além de compor o passivo vencido e de poder efetivamente ter um fluxo de caixa de dois anos.

O valor acordado entre Figueirense e Prefeitura de Florianópolis foi de R$ 1,1 milhão, que deve ser parcelado em 12 vezes a partir de setembro de 2024, com o limite para entrega da propriedade em agosto de 2025.

“Não é uma dívida [com a prefeitura], porque venceria em 11 parcelas de R$ 100 mil a partir de setembro de 2025, mas o contrato nos dá a opção de antecipar o pagamento e aí antecipando a prefeitura nos devolveria a posse em 60 dias”, explica.

Negociação com empresários

O Figueirense, segundo Prisco, está negociando com dois grupos de empresários locais que ficarão detentores da área do ginásio para desenvolver projetos “dentro da ótica deles”, residencial ou comercial, por exemplo.

“Esses empresários nos aportaria um ‘valor x’ para resolver o momento atual, um ‘valor y’ ao longo de 25 meses e um ‘valor z’ em área construída deles, já em outros prédios, que o Figueirense poderia estar comercializando, a média e longo prazo”, pontua.

“Por isso, que essa operação é fundamental para ter a garantia de águas tranquilas por dois anos pela frente, até para que nesse meio tempo nós possamos interessar alguém para comprar 20, 30, 40, 50, 60 até 90% das ações da SAF do Figueirense, que é propriedade do Figueirense”, completa.

Paulo Prisco Paraíso explica situação financeira do Figueirense ao ND+ – Vídeo: Reprodução/ND

O clube teve reuniões com dois grupos empresariais, que não tiveram os nomes revelados, na última semana. Segundo Prisco, nesta semana os dois já estariam conversando entrei si, uma vez que se trata de uma operação conjunta.

“É uma área de cerca de 15 mil metros quadrados, então às vezes para uma empresa só 15 mil metros quadrados no coração do Estreito são valores significativos, então amanhã (sexta) ou segunda-feira, esses dois grupos locais estarão reunidos e, efetivamente, eles colocando de pé um projeto conjunto, uma parceria deles, eles estariam se reunindo com o Figueirense”, afirma.

“Mas já há uma formatação de prazo, de valores e a forma de pagamento para coincidir, obviamente, dentro de valores que seja críveis, que seja business, que eles possam botar de pé empreendimentos, já há uma conversa de valores, de prazos, de valores e de forma de pagamento, e já está bem adiantado”, conclui.

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