A discussão sobre o binário que vai mudar a rotina no entorno da UFSC, em Florianópolis

A implantação do binário na região dos bairros do Pantanal e Carvoeira vai ser pauta de reunião do Conselho Universitário da UFSC desta quarta-feira, informou o reitor Irineu Manoel de Souza na sexta-feira, durante a audiência pública feita no campus para discutir as mudanças no sistema viário.

Rua Deputado Antônio Edu Vieira – Foto: Cristiano Estrela/ND

A principal questão, segundo ele, é o cumprimento dos acordos com a prefeitura, que incluem a implementação do corredor de ônibus e comprometimento do município com a reconstrução dos espaços pedagógicos do Centro de Desportos, que atualmente tem dois de seus laboratórios muito próximos à via duplicada.

Previsto para iniciar nesta sexta-feira, o binário vem enfrentando resistências entre os moradores, preocupados com os transtornos causados pelo aumento dos percursos e com a escolha pelas ciclofaixas.

Eles consideram ciclovias mais seguras. Um grupo, inclusive, chegou a enviar ofício ao MPSC pedindo a suspensão do binário.

Em meio à polêmica, o secretário de Transportes e Infraestrutura, Rafael Hahne, defendeu a ideia para melhorar a mobilidade na região. Ele admite que a alteração vai resultar num deslocamento maior no trânsito, mas ressalta o ganho em velocidade.

“Os estudos apontam um aumento do percurso em até 20% mas também um ganho médio de 60% no tempo levado para percorrer o trecho”, explica Hahne. “A prefeitura tem um estudo técnico embasado que mostra que o binário é funcional e que vai ajudar na mobilidade da região e da cidade”, garante.

A implantação, segundo ele, será acompanhada pela equipe do planejamento urbano, que fará alguma adequação, se necessário.Sobre a malha cicloviária projetada para a Deputado Antônio Edu Vieira, o secretário disse que o objetivo “foi criar uma reserva de espaço nesse momento, sinalizar a ciclofaixa de uma forma adequada e no futuro, se for o caso, estudar a possibilidade de uma ciclovia”, mesmo com o espaço limitado.

“Hoje não tem espaço nenhum para bicicletas”, pontua.

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