Operação em SC e mais 4 Estados cumpre mandados contra ameaças de ataques a escolas

Dez ordens para internações provisórias, treze mandados de busca e apreensão e onze afastamentos de sigilo de dados estão sendo cumpridos nesta quarta-feira (19) pela Polícia Civil de Santa Catarina e de mais quatro Estados brasileiros em uma operação conjunta que investiga ameaças de ataques em escolas por todo o país.

Creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau – Foto: Eduardo Valente/Secom/Divulgação/ND

Segundo o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), o objetivo da operação é dar cumprimento a ordens judiciais da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Blumenau, no Vale do Itajaí, relacionadas a mandados de internação provisória e de busca e apreensão domiciliar contra adolescentes envolvidos em planejamentos de ataques a escolas brasileiras.

A operação intitulada Escola Segura conta com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública e teve início a partir de uma investigação do CyberGaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate a Crimes Cibernéticos) do Ministério Público de Santa Catarina. O órgão identificou um grupo de adolescentes que planejava a realização de possíveis ataques a escolas de Santa Catarina e de outros Estados em um ambiente virtual.

As Polícias Civis do Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco e Paraná participam da operação fazendo o cumprimento dos mandados judiciais nestes Estados. Em Santa Catarina, a operação é coordenada também pela DEIC (Diretoria Estadual de Investigações Criminais), em conjunto com as equipes do CyberGaeco.

Investigações ocorrem após ataque a creche em Blumenau

As investigações iniciaram logo após o ataque ocorrido em 5 de abril, na Creche CEI Cantinho Bom Pastor. O MPSC lembra que a operação leva o mesmo nome da força-tarefa que já é capitaneada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Nesta terça-feira (18), uma reunião em Brasília (DF) discutiu algumas das medidas a serem implementadas a nível federal sobre o assunto. O encontro reuniu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), o prefeito de Blumenau, Mario Hildebrandt (Podemos), entre outras autoridades.

O ND+ não irá publicar os nomes do autor e das vítimas do ataque, assim como imagens explícitas do crime. A decisão editorial foi feita em respeito às famílias e ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), também para não compactuar com o protagonismo de criminosos.

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