Universo das palavras: aDiversa debate a influência das mulheres na literatura

Assim como em outras áreas, a literatura foi marcada por ser um espaço majoritariamente masculino. Segundo um estudo feito por um coletivo de pesquisadores da UNB (Universidade de Brasília), 70% dos livros publicados por grandes editoras brasileiras, entre 1965 e 2014, foram escritos por homens.

Entretanto, depois de muita luta, o cenário está mudando e cada vez mais mulheres estão aparecendo no topo da lista dos livros mais vendidos. A representatividade feminina na literatura é o assunto do episódio da aDiversa desta sexta-feira (21).

aDiversa debate a influência das mulheres na literatura

Podcast aDiversa debate sobre a representatividade das mulheres na literatura. – Foto: Divulgação/ND

Juntam-se à apresentadora Luciana Barros a jornalista e escritora Ana Lavratti, a autora e pesquisadora Daniela Stoll e a escritora Marina Redlich. Além delas, o jornalista e editor da Cruz e Sousa Fábio Garcia e a jornalista e colunista da Diversa+, Pâmela Schreiner, também participam do episódio.

Diversidade

Apesar da Academia Brasileira de Letras ter sido fundada em 1897, foi somente em 1977 que a primeira mulher recebeu uma cadeira na Academia. Depois dela, vieram apenas sete nomes de escritoras mulheres até o ano de 2020.

Segundo o editor da Cruz e Sousa, é preciso que tenha uma mudança dentro das editoras brasileiras para um cenário mais diverso. “Além do discurso, é preciso aproximar a teoria da prática. Se você quer ter uma empresa antirracista, antimachista e mais igualitária, precisa trazer isso para a sua prática”, diz.

A colunista da Diversa+ acredita que é uma mudança que precisa partir não só das editoras, mas também dos próprios leitores. “Não adianta a gente exigir que exista uma igualdade maior se eu não leio mulheres”.

Prêmio Carolina Maria de Jesus

Para transformar o cenário literário mais inclusivo, o Ministério da Cultura lançou no dia cinco de abril o prêmio Carolina Maria de Jesus da Literatura Produzida por Mulheres 2023.

Segundo Daniela, o prêmio é uma oportunidade de mostrar talentos anônimos da literatura brasileira.

“É um prêmio com um valor muito alto comparado com os outros que temos no cenário literário atual. Esse prêmio veio para mostrar a força da literatura escrita por mulheres”.

Além disso, Marina menciona a importância da mulher que deu nome para a premiação. “O diferencial desse prêmio é para nos lembrar quem foi Carolina Maria de Jesus: uma escritora de 1914 que lançou ‘Quarto de Despejo’, uma história real que ela viveu e encontrou espaço para contar”.

Sobre o aDiversa

O podcast Diversa abre espaço para assuntos do dia a dia das mulheres. Os episódios são apresentados por Luciana Barros e vão ao ar todas as sextas-feiras, às 7h, na página da Diversa+.

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