‘Por likes’: delegado revela motivo das falsas informações sobre ataques em escolas de SC

A operação Deic Presente!, da Polícia Civil de Santa Catarina, resultou na prisão de dois adultos e apreensão de quatro adolescentes em várias cidades do Estado, nesta quinta-feira (20). O objetivo da ação é coibir a disseminação de informações falsas sobre atentados e ataques em escolas das cidades de Florianópolis, São José, Biguaçu, Brusque, Blumenau, Capinzal e Campo Erê.

Além disso, conforme o delegado-geral da PCSC, Ulisses Gabriel, a prioridade é tranquilizar e proporcionar um ambiente seguro nas escolas. Conforme as autoridades, a principal motivação dos envolvidos em espalhar essas falsas informações é a autopromoção nas redes sociais.

A Operação Deic Presente! resultou na prisão de dois adultos e na apreensão de quatro adolescentes em municípios de Santa Catarina. – Foto: Luiz Fernando Dresch/ND

A operação foi bem-sucedida, resultando na apreensão e prisão dos envolvidos, bem como na apreensão de oito aparelhos eletrônicos que agora serão analisados pelas autoridades para ajudar na busca por outros envolvidos.

Segundo o delegado da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática da Deic, Luís Felipe Rosado, os casos desta operação não possuem ligação com o ataque à creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, no Vale do Itajaí.

De acordo com Rosado, foram casos identificados e isolados, sem qualquer tipo de conexão. “Não se trata de situações de uma manobra em massa para qualquer ato; na verdade, são pessoas que usam desse pseudônimo para causar pânico nas escolas”, esclarece.

Motivação seria “likes”

Segundo Rosado, os jovens afirmam que fizeram isso apenas para se promover nas redes sociais: “Fazem isso por ‘likes’. As pessoas gostam, infelizmente, de aparecer nas redes sociais”, comenta.

O delegado ressalta ainda que não existe efetivamente a possibilidade de que haja qualquer ato ou atentado violento na rede de ensino do Estado.

O delegado comentou que os jovens que foram presos ficarão internados por um período de até 45 dias. Além disso, segundo Rosado, os jovens serão ouvidos e terão seus aparelhos celulares periciados pelas equipes da Polícia Civil.

Investigação dos envolvidos

O diretor de inteligência da PCSC, delegado Gustavo Madeira, afirma que o monitoramento de possíveis envolvidos segue sendo feito em conjunto com o Ministério da Justiça. Madeira reforça que a Polícia Civil está empenhada em trazer tranquilidade e segurança para a população catarinense.

Desde o dia 5 de abril, a PCSC já investigou 98 pessoas suspeitas de envolvimento na disseminação de informações falsas. Dessas, 38 foram encaminhadas para as delegacias das respectivas comarcas, resultando em 18 pessoas presas ou apreendidas (no caso de menores de idade).

O resultado aponta que foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão. A operação contou com o apoio de outras delegacias da DEIC, além das DPCAMIs (Delegacias de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso) de Blumenau e Brusque, das DICs de São Lourenço do Oeste e de Joaçaba, e das Delegacias de Capinzal e Campo Erê.

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