Alexandre de Moraes mantém prisão preventiva de Anderson Torres; veja detalhes

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou nesta quinta-feira (20) o pedido para revogar a prisão do ex-ministro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres.

O subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos condicionou a revogação ao cumprimento de algumas medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de Torres sair do Distrito Federal e de manter contato com outros investigados. As informações são do R7.

Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres está preso em Brasília desde 14 de janeiro – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/ND

Na decisão, Moraes afirmou que a organização, a participação, o financiamento e o apoio aos atos praticados em janeiro configuram gravíssimos crimes, e, por isso, todos os envolvidos devem ser responsabilizados.

Garantia da ordem pública

A prisão preventiva de Anderson Torres foi decretada como medida razoável, adequada e proporcional para garantia da ordem pública com a cessação da prática criminosa reiterada e de novos planos ilícitos para a quebra da normalidade democrática; bem como para a necessidade da investigação criminal, pois presentes fortes indícios de que o investigado foi conivente com associação criminosa destinada à prática daqueles atos.

Segundo Moraes, a manutenção da prisão preventiva é importante porque há depoimentos de testemunhas e apreensão de documentos que apontam fortes indícios da participação de Torres na elaboração de uma suposta “minuta golpista” e em uma operação da Polícia Rodoviária Federal para tentar atrapalhar a participação popular no segundo turno das eleições presidenciais de 2022.

“Não bastasse isso, o requerente suprimiu das investigações a possibilidade de acesso ao seu telefone celular, consequentemente, das trocas de mensagens realizadas no dia dos atos e nos períodos anterior e posterior; e às suas mensagens eletrônicas. Somente — mais de 100 dias após a ocorrência dos atos e com total possibilidade de supressão das informações ali existentes — autorizou acesso às suas senhas pessoais de acesso à nuvem de seu e-mail pessoal”, apontou Moraes.

O que diz a defesa

A defesa de Torres vai recorrer da decisão, mas afirmou que recebeu com serenidade e respeito a decisão de Moraes. “Reiteramos que o maior interessado no esclarecimento célere dos fatos é Anderson Torres”, diz a nota, assinada pelo advogado Eumar Novacki.

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