Projeto social leva crianças carentes ao Engie Open de Tênis, em Florianópolis

Pequenos “futuros talentos” do tênis do projeto Fundação Tênis foram acompanhar os jogos do Engie Open, em Florianópolis, na manhã e tarde desta quinta-feira (20).

Crianças do projeto social acompanharam o dia do Engie Open de Tênis – Foto: Luiz Candido/CBT/ND

Cerca de 50 crianças e adolescentes, entre 7 a 15 anos, que fazem parte do projeto, acompanharam o professor Henrique Hammes Touguinha e viram, por exemplo, a vitória de João Fonseca sobre o favorito Thiago Wild na quadra central.

A Fundação Tênis tem 21 núcleos no País, sendo que o de Florianópolis foi inaugurado em 7 de julho de 2022. As aulas acontecem na sede da CBT (Confederação Brasileira de Tênis) na Capital, todas as terças e quintas-feiras.

“Atendemos crianças e adolescentes dos 7 aos 15 anos carentes da região. Atualmente temos 88 alunos, a meta é chegar a 100. As aulas acontecem sempre no turno inverso das aulas escolares, cada turma tem 50 minutos de aula”, explica Henrique, que é coordenador do núcleo de Florianópolis.

Ele ressalta, contudo, que o objetivo principal da fundação é dar um encaminhamento e promover a melhora na vida destas crianças.

“Utilizamos o tênis como ferramenta. Mas o nosso propósito é totalmente socioeducacional. Constantemente através das aulas estamos pontuando os alunos de forma positiva, reforçando quando tem alguma atitude positiva com o colega. Para nós, é poder auxiliar essas crianças, que estão em condição de vulnerabilidade, a reescrever seu projeto de vida”, explica o coordenador.

“É muito gratificante chegar na comunidade e poder auxiliar as crianças e as famílias de alguma forma. A gente espera que daqui há muitos anos possamos ver essas mesmas crianças que começaram agora com a gente, muito bem”, completa.

Encaminhamento

Quando os jovens chegam na faixa dos 15 e 16 anos são encaminhados para cursos profissionalizantes, de diversas áreas, através da própria fundação.

A fundação em Porto Alegre (RS), por exemplo, proporciona uma vaga de jovem aprendiz que é desenvolvido pela Fundação Tênis na área de tecnologia.

“Objetivo é moldar o cidadão e dar um encaminhamento. Não ficamos satisfeitos com o aluno ‘apenas’ fazendo aula de tênis, queremos um pouco a mais. Queremos que eles tenham uma oportunidade de mudar a história da vida deles”, finaliza.

Guga como inspiração

Uma das crianças do projeto é o pequeno Nicolas Vieira de Jesus, que completou 11 anos nesta sexta-feira (21). Ele mora com a mãe no Morro do Horácio, em Florianópolis, e tem no tenista Gustavo Kuerten sua principal “inspiração” para seguir a carreira de tenista.

“Jogo tênis desde os 9 anos. O Guga [Gustavo Kuerten] é meu maior espelho, quero ser igual a ele”, afirmou.

Repórter por um dia: pequeno Nicolas teve a oportunidade de entrevistar o Guga – Foto: Luiz Candido/CBT/ND

Caso a carreira no esporte não aconteça, o pequeno, inclusive, já tem um “plano B”: virar repórter.

Ele, inclusive, em ação promovida pela CBT teve a oportunidade de “entrevistar” o maior ídolo.

“Ferramenta de transformação”

Na opinião de Eduardo Sattamini, diretor-presidente da Engie, uma das parceiras do projeto, a fundação funciona como uma ferramenta de “transformação e inclusão social”.

“Quando embarcamos no mundo do tênis, desenhamos uma estratégia integrada, embasada em nossos valores e compreendendo que o esporte é uma poderosa ferramenta de transformação e inclusão social”, afirma.

O projeto também acontece em parceria com a CBT (Confederação Brasileira de Tênis) e o Banco BRB.

“Patrocinamos polos sociais para a prática do tênis, investimos na base por meio da parceria institucional com a Confederação Brasileira de Tênis, e apoiamos a transição dos atletas para a fase profissional, promovendo competições que incentivam os tenistas brasileiros a alcançarem novos postos no ranking mundial”, reforça Sattamini.