Plano Diretor de Florianópolis vai ter votação final

Depois de 19 audiências públicas desde junho do ano passado – 14 feitas pela Prefeitura de Florianópolis e cinco pela Câmara -, o projeto de revisão do Plano Diretor vai ter segunda votação na sessão desta segunda-feira (24).

Projeto de revisão do Plano Diretor vai à segunda votação na Câmara de Florianópolis- Foto: Daniel Queiroz/Arquivo/ND

A primeira votação foi no dia 22 de março, às vésperas do aniversário de 350 anos da cidade, com placar de 19 a 4.

Apesar da pressão da conhecida “minoria barulhenta”, que tentou barrar o processo desde o início, os vereadores entenderam que a Capital precisa da atualização da lei de planejamento urbano para simplificação de regras, melhoria do ambiente de negócios e combate à ocupação desordenada do território.

De acordo com estudo técnico feito pela Diretoria de Desenvolvimento Urbano da Acif (Associação Empresarial de Florianópolis), a proposta tem avanços importantes.

No quesito mobilidade urbana, por exemplo, a entidade destaca que o plano foi pensado a partir do conceito DOTS (Desenvolvimento Orientado de Transporte Sustentável), que tem o objetivo de aproximar as áreas mais adensadas do transporte público.

“Essa ação visa retirar o alto fluxo de veículos das ruas nos horários de pico e oportunizar a proximidade entre moradia e emprego para a população através do transporte”, afirma o dossiê.

“Além disso, o conceito de multicentralidade visa equilibrar a oferta de moradia e emprego nos próprios bairros, evitando assim os grandes deslocamentos. É claro que é impossível neutralizar em 100%, mas a revisão do Plano Diretor deve resolver grande parte deste problema”, registra.

A análise também tratou sobre o adensamento de algumas áreas, proposta no projeto de revisão. “O sucesso do nosso desenvolvimento está em preservar o nosso meio ambiente, não perder o nosso clima pitoresco, mas adensar mais onde se pode para que possamos aderir aos novos moradores”, considera a entidade.

“Verticalizar será necessário para que a conta da infraestrutura pública, tanto de implantação como de manutenção se pague”, defende a Acif, que, no entanto faz, uma ressalva: “Claro, verticalizar Floripa não é fazer arranha céus, afinal a nossa identidade é a nossa alma”.

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