Sob ameaça de extinção, nove ‘babys raias’ nascem no aquário de Balneário Camboriú

O primeiro nascimento de Raias Manteigas registrado no Brasil- após a ameaça de extinção- ocorreu em outubro de 2022 no Oceanic Aquarium de Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina. A espécie está sob ameaça de extinção. A mamãe deu a luz a nove “babys raias”: seis machos e três fêmeas.

Devido as excelentes condições propiciadas no habitat em que vivem no Oceanic, uma das fêmeas engravidou e para ter um acompanhamento ainda mais de perto nesse momento especial, ela foi levada para o setor extra do aquário.

mamãe raia deu a luz a nove babys raias – Foto: Oceanic Aquarium/Divulgação

A equipe técnica do Oceanic Aquarium trabalha para o bem-estar, pesquisa e conservação de espécies. A Raia Manteiga – Gymnura altavela – é uma espécie em perigo de extinção.

“Essa espécie tem a particularidade de ser vivípara, o que quer dizer que tem fecundação interna, desenvolvimento e a gestação dos filhotes acontece dentro do útero da mãe”, explica Federico Armani, biólogo do Oceanic Aquarium.

Em outubro de 2022, mamãe raia deu à luz um total de nove babys: seis machos e três fêmeas. O maior filhote, uma fêmea, nasceu com 157 gramas e hoje está com 714 g e mede total 58,5cm (com ferrão e cauda).

O menor foi um macho com 70 g e agora pesa 294 g medindo 41 cm. Eles continuaram no setor extra, onde tiveram cuidados especiais, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, avaliados periodicamente, além da medição do tamanho e peso.

A mamãe raia depois de algum tempo foi levada de volta ao aquário e agora as filhotes voltaram a viver com ela no Habitat Oceânico, junto com os tubarões, moréias e outras espécies.

Maior baby raia do Oceanic Aquarium é uma fêmea – Foto: Oceanic Aquarium/Divulgação

O transporte delas do setor extra até o Oceanic Aquarium foi feito pela equipe técnica, com veterinários e biólogos acompanhando e realizando o manejo, dentro de todas as normas estabelecidas pelos órgãos responsáveis.

A Raia Manteiga costuma se esconder na areia, por isso é comum vê-las no fundo do aquário. Bem ambientadas, como é o caso das que vivem no Oceanic Aquarium, nadam bem rentes aos visores e proporcionam uma experiência única aos visitantes.

Raias voltaram para o habitat natural – Foto: Oceanic Aquarium/Reprodução

Posteriormente os filhotes machos devem ser transferidos também, mas para outro habitat, afim de evitar a reprodução entre irmãos. “Nós estamos muito felizes de ter concluído esse passo importante. Nossa equipe se dedicou muito, desde a gestação, que dura média seis meses, até atingirem tamanho e velocidade necessárias para virem para o aquário. Isso reforça nosso compromisso com a conservação da espécie, pesquisa e educação ambiental”, comemora Cristiano Buerger Filho, diretor do Grupo Oceanic.

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