Jogadoras do Corinthians protestam contra Cuca: ‘Respeita as Minas não é uma frase qualquer’

A contratação de Cuca continua motivando manifestações e, na noite de domingo (23), durante a estreia do treinador no comando do Corinthians, foi a vez das jogadoras alvinegras protestarem contra a chegada do técnico, condenado por “atentado ao pudor com uso de violência” na década de 1980. O crime foi cometido durante uma excursão do Grêmio na Europa, em 1987, e Cuca, à época jogador, foi condenado dois anos depois, no entanto, nunca cumpriu a pena de 15 meses.

Jogadoras do Corinthians publicaram nota na noite de domingo (23) – Foto: Reprodução/Instagram

Após a demissão de Fernando Lázaro, o Corinthians precisou de uma hora para anunciar a contratação e, depois disso, veio uma onda de críticas à decisão da diretoria do clube. A estreia do treinador aconteceu no domingo e, enquanto o time estava em campo, no segundo tempo, as jogadoras e o técnico Arthur Elias, publicaram um texto em suas redes sociais criticando a contratação de Cuca ainda que não citasse o nome do treinador.

Utilizando o lema “Respeita As Minas”, que ficou conhecido com as conquistas da equipe feminina, o texto reforça a luta de direitos da instituição. “Estar em um clube democrático significa que podemos usar a nossa voz, por vezes de forma pública, por vezes nos bastidores. ‘Respeita As Minas não é uma frase qualquer. É, acima de tudo, um estado de espírito e um compromisso compartilhado. Ser Corinthians significa viver e lutar por direitos todos os dias”, diz o texto.

Enquanto o texto era publicado simultaneamente pelas atletas e comissão, o time masculino perdia de virada para o Goiás.

O presidente Duilio Monteiro falou sobre o protesto em coletiva após a derrota. “Corinthians é um clube democrático, é a democracia. É o clube do ‘respeita as minas’ e elas têm todo o direito de se posicionar. Estive com elas, conversamos por mais de uma hora e meia ontem, foi tudo conversado, explicado e elas têm todo o direito de colocar a posição delas. Dá para entender como protesto, mas dá para entender também como reforçando o que é o Corinthians, que é o clube do ‘respeita as minas’ e nós vamos continuar tratando-as e fazendo tudo o que for possível para que a gente ajude na campanha das mulheres”, disse.

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