Marlon Neuber, prefeito de Itapoá, vira réu na Operação Mensageiro

O prefeito de Itapoá, Marlon Neuber (PL), virou réu na Justiça em desdobramento da Operação Mensageiro nesta quinta-feira (27). A decisão foi tomada pela 5ª Câmara Criminal do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina). De acordo com o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), Neuber é suspeito de receber propina para favorecer empresa de saneamento na prestação de serviços na cidade.

Operação Mensageiro investiga o prefeito de Itapoá, Marlon Neuber (PL), que virou réu

Marlon Neuber foi eleito para o segundo mandato em Itapoá – Foto: Divulgação/ND

Em 13 de abril, os prefeitos de Pescaria Brava, Deyvison Souza (MDB), de Papanduva, Luiz Henrique Saliba (PP), e de Capivari de Baixo, Vicente Corrêa Costa (PSL) também viraram réus na Operação Mensageiro.

Marlon Neuber foi preso em 9 de dezembro de 2022, na 1ª da investigação, suspeito de participação no esquema criminoso, que teria ocorrido em diversas cidades, no que o MPSC classifica como “maior esquema de propinas da história do Estado”. Ao todo, sete prefeitos foram presos preventivamente pela Mensageiro.

Em março, a Câmara de Vereadores da cidade, que tem uma CPI em andamento sobre os contratos com a empresa que prestava serviços investigada pela Mensageiro, aceitou o pedido de afastamento solicitado pelo próprio Neuber. A medida garante que o prefeito, mesmo preso, não perca o mandato. Na ocasião, a defesa do prefeito afirmou que não iria se manifestar sobre o caso.

O município de Itapoá tem relação comercial com a Serrana desde 2011, com contratos para serviços de destinação de lixo e saneamento, aponta a investigação. O MPSC registrou movimentações que apontam que Itapoá pagou à Serrana ao menos R$ 12,9 milhões em 10 anos.

O MPSC investiga a empresa de saneamento Serrana, agora chamada Versa Engenharia Ambiental, que atende várias cidades do Estado, onde há suspeitas de corrupção no serviço de coleta de lixo.

Segundo o MPSC, um funcionário da empresa, chamado de “Mensageiro” na investigação, era responsável pela entrega das propinas aos prefeitos. Por ter feito acordo de delação premiada, o nome do funcionário não pode ser divulgado pelo Grupo ND por proibição judicial.

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