Notas do Avaí: o jogador diferenciado. De olho no futuro do Raphinha e a recuperação judicial

O FATOR RAFAEL GAVA NO AVAÍ. A contratação do meia Rafael Gava pelo Avaí, junto ao Cuiabá onde está atuando o Raniele, é uma contratação diferenciada. É o tipo de jogador que já chega pronto para atuar, e que por esse motivo e por essa qualificação, treinou com os seus novos companheiros sem nenhum problema: já se aclimatou com os seus colegas de clube e deve ir para o jogo de amanhã diante do Criciúma, no estádio Heriberto Hülse pela terceira rodada do Brasileiro da Série C. 

DIFERENCIAL. Nos treinos de ontem, comandando pelo treinador Alex de Souza, esse foi o indicativo. Essa é a diferença da qualidade no futebol. Chega, veste a camisa e vai para o jogo, sem nenhum problema. Pelo que jogou no Cuiabá, Rafael Gava é uma contratação de qualidade.

MUDANÇA NA LATERAL.  Ainda sobre o treinamento de ontem na Ressacada, o que preocupa é o possível retorno do lateral Thales Oleques para o time titular no lugar do Igor Inocêncio. Jogando na defesa, Thales não compromete a equipe é bom que se diga. O problema é que praticamente não ultrapassa o meio de campo, “desfalcando” o Avaí no ataque. Cabe então escalar alguém para ocupar esse lugar na ala, quando o time azurra estiver atacando.

ANDREY. Quem pode estar ganhando mais uma oportunidade de começar atuando como titular, é o jovem Andrey que deve fechar mais o meio de campo para dar liberdade ao Rafael Gava.

RECUPERAÇÃO JUDICIAL. Nenhum clube do mundo deve se orgulhar de ‘ostentar’ uma dívida de R$ 107 milhões, como é o caso do Avaí. Mas é preciso dizer, que pelas circunstâncias atuais, o pedido de recuperação judicial deferido anteontem pelo TJSC é uma vitória da atual gestão que não teve medo de colocar do dedo na ferida de um problema que vinha se acumulando durante anos. Com essa aprovação, a dívida do Avaí que era impossível de ser solucionada, por causa dos juros, penhoras e outros transtornos, para a ser a partir de agora, uma dívida administrável.

AÇÃO PROVIDENCIAL. Com a aprovação da recuperação judicial, o Avaí não corre mais o risco de penhoras e de perder parte das receitas, já que todas as dívidas estão “suspensas” enquanto a administração do clube elabora um plano de quitação junto aos credores. O pedido de recuperação judicial e o seu deferimento ocorrido ontem é oportuno, pois permite com que o Avaí possa receber os R$ 94 milhões da LFF (Liga Forte de Futebol) e o dinheiro do televisionamento da TV. Ou seja, além de mirar o futuro do clube, a diretoria ganha fôlego para investir no futebol.

E FUTURO DO AVAÍ? Ainda sobre o assunto da recuperação judicial do Avaí aprovada pela justiça catarinense, é importante salientar o seguinte: se o plano de quitação juntos aos credores que o clube vai organizar juntamente com um mediador judicial for bem elaborado – com lastro e de forma responsável-, não resta a menor dúvida de que a instituição Avaí Futebol Clube pode dar um grande passe rumo ao seu futuro sustentável, equilibrado e profissional.

DE OLHO NELE. A imprensa esportiva espanhola divulgou ontem que o Barcelona pretende negociar o atacante Raphinha pelo valor de 90 milhões de euros. Arsenal e Newcastle estão monitorando o atleta, que atuou na base do Avaí que também deve estar monitorando a negociação, pois caso de certo essa transferência, como time formador, pode entrar no caixa do time azurra, mais de R$ 4 milhões. É uma grana para ninguém colocar defeito.

MEMÓRIA. O ex-goleiro Humberto Soares, que defendeu o Avaí entre os anos de 1982 a 1985 (na transição entre o Adolfo Konder e o estádio da Ressacada), esteve na última sexta em um evento esportivo no campo do Palmeiras, do Roçado em São José, onde teve a oportunidade de rever vários ex-atletas da sua época de jogador profissional. Humberto mora em Caçador.

Goleiro Humberto participou da mudança do Avaí do estádio Adolfo Konder para a Ressacada – Foto: Fábio Machado/ND

 

 

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