Udesc registra patente de código no qual deficiente visual identifica cores

Foto da invenção, que consiste em sistema de código de leitura de cores destinado às pessoas cegas, daltônicas ou com baixa visão. O sistema é formado por um conjunto de símbolos em alto relevo, usado para comunicar as cores dos objetos pela percepção tátil - ou seja, pelo contato do toque.

A Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) firmou um acordo de propriedade intelectual com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) relacionado a uma invenção feita por pesquisadores das duas instituições voltada à inclusão social e à autossuficiência de deficientes visuais e pessoas daltônicas.

A patente de invenção “Representação tridimensional cromática e sistema de código de cores para pessoas cegas, daltônicas e com baixa visão” foi concedida neste ano à Udesc e à UFPR. Um dos inventores é o professor Milton José Cinelli, do Departamento de Design do Centro de Artes, Design e Moda da Udesc (Ceart), localizado no Bairro Itacorubi, em Florianópolis. Acesse a carta patente.

A invenção consiste em um sistema de código de leitura de cores destinado a pessoas cegas, daltônicas ou com baixa visão. O sistema é formado por um conjunto de símbolos em alto relevo, usado para comunicar as cores dos objetos pela percepção tátil – ou seja, pelo contato do toque.

Inclusão e autossuficiência

O objetivo é simplificar a identificação das cores para pessoas com deficiência visual, em pequenas dimensões e com uma linguagem universal. Segundo os pesquisadores, a inovação favorece a inclusão social, a autossuficiência e a independência do público ao qual se destina.

Também são autores da invenção os pesquisadores Sandra Regina Marchi, Maria Lucia Leite Ribeiro Okimoto, Ramón Sigifredo Cortés Paredes e Guilherme Ribeiro Lemos Molini, todos vinculados à UFPR.

“A invenção possibilita que a cor seja identificada em diversos produtos, promovendo assim a independência das pessoas cegas e com baixa visão nas suas escolhas diárias. Ele pode estar em materiais didáticos, livros, objetos em geral, vestuários, calçados, bolsas, móveis, produtos de beleza, embalagens, etiquetas de alimentos, material artístico, obras de arte, equipamentos, painéis, placas, indicadores, ou seja, em qualquer superfície ou objeto onde há cor”, explicam.

Triângulos cromáticos

O sistema é composto por elementos físicos (triângulos cromáticos) e um conjunto de símbolos em relevo. Estes códigos podem ser impressos diretamente sobre objetos, obras de arte, etiquetas, embalagens ou colados em etiquetas sobre os produtos dos diversos materiais, tais como plásticos, acrílicos, vidros, madeiras, metais, cerâmicas, pedras, papéis, couro, materiais orgânicos e bordados em tecidos, a fim de serem aplicados em roupas (vestimentas, roupas de cama, de banho, estofados, sapatos e acessórios em geral).

Na Udesc, o setor responsável por promover e estimular a política de propriedade intelectual, bem como apoiar o desenvolvimento e a transferência de tecnologia, é a Coordenadoria de Projetos e Inovação (Cipi).

Na Cipi, são feitos os procedimentos para identificar as inovações da universidade e realizar a proteção de marcas, patentes e programas de computador.

A propriedade intelectual abrange qualquer produto do intelecto humano que, atendendo a alguns requisitos, possa ser protegido. “Toda vez que compramos um produto protegido, parte desse valor é revertida ao proprietário como recompensa pelo tempo, dinheiro e/ou esforço investidos na criação da obra”, explica a Cipi.

Dia da Propriedade Intelectual

Nesta quarta-feira, 26 de abril, é celebrado o Dia Mundial da Propriedade Intelectual (PI), data estabelecida pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Wipo).

A iniciativa busca incentivar a criatividade e a conscientização sobre a contribuição de inventores para o desenvolvimento da sociedade em todo o mundo.

Mais informações

Mais informações podem ser obtidas com a Cipi pelo e-mail [email protected] e pelo telefone (48) 3664-8085.

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