Nada contra o Brusque, e nem a cidade, mas o Estadual merece uma final em um estádio melhor

FINAL COM PÚBLICO LIMITADO. Uma final de Campeonato Estadual merecia ser disputada em estádio maior; com mais condições de receber um jogo importante como esse. Nada contra o histórico estádio Augusto Bauer, de propriedade do Carlos Renaux e utilizado pelo Brusque, que joga diante do Criciúma visando a conquista do seu bicampeonato. Mas a cidade precisa lutar por uma praça de esportes que comportem grandes jogos. O Brusque chegou em um patamar competitivo que a estrutura física da cidade não acompanhou.

Estádio Augusto Bauer, em Brusque. – Foto: Site Prefeitura Brusque/ND

A NOTA. O comentário acima foi publicada na coluna Fábio Machado, impressa do jornal ND, na edição do fim de semana, portanto, antes mesmo de a bola começar a rolar para Brusque e Criciúma. No caderno digital aqui no Arena ND+, o repórter Diogo de Souza, que esteve na decisão do Catarinense, publicou a sua visão da precariedade da estrutura do estádio na matéria sob o título “Estádio Augusto Bauer fica aquém do Brusque e da final do Catarinense”.  Clique aqui e leia. 

A EXPLICAÇÃO. É por situações como esta que entidades de esportes definem estádios com um número mínimo de torcedores em fases decisivas das suas competições. O jogo do último sábado, com toda precariedade bem descritas pelo colega Diogo de Souza, poder servir como um exemplo para a própria FCF (Federação Catarinense de Futebol), ou Associação de Clubes Profissionais de SC , repensar e propor uma capacidade razoável mínima para a decisão de um Campeonato Catarinense. (Bem pensado, até um número mínimo para uma semifinal).

IMAGEM DO NOSSO FUTEBOL PARA O BRASIL.  No fim, a decisão em um estádio como o do Augusto Bauer prejudica a imagem do futebol Catarinense. Nos gols da rodada de todos os estaduais nos programas esportivos nacionais, enquanto no Rio a final foi no Maracanã, em São Paulo a final foi no Allianz Parque, no Paraná e no Rio Grande do Sul, as decisões foram em modernas Arenas para públicos acima de 30, 40 mil torcedores, a final do Campeonato Catarinense para no Estádio Augusto Bauer para um público espremido (e bota espremido nisso) de 6.448 pagantes e nas imagens da TV, um muro cheio de placar de publicidades, telhados das casas vizinhas e a gloriosa fachada de um loja de 1,99.

DESEJO DA CIDADE. Nem precisa dizer ou justificar que tudo o que foi relatado até aqui nesta postagem não é uma crítica a simpática cidade ou o também simpático clube do Brusque. Até porque acompanhamos o desejo dos dirigentes e da cidade por uma praça esportiva maior, mais moderna. A verdade é que o Brusque (time de futebol) cresceu muito nos últimos anos e a cidade não acompanhou esse crescimento em termos físicos.

AUGUSTO BAUER. O estádio Augusto Bauer, inaugurado em setembro de 1931 e que pertence ao Carlos Renaux se perdeu no tempo não atende mais as necessidade atuais do “quadricolor” que até o ano passado recebia o Cruzeiro e o Vasco por uma série B do Brasileiro e na Copa do Brasil foi palco de um Brusque e Corinthians. Para uma equipe que em pouco tempo chegou nesse patamar, a cidade merece um amplo e moderno estádio. É a nossa torcida.

A GRANDE FINAL. E para coroar a necessidade urgente de um bom estádio para a cidade, é preciso dizer que a final no gramado foi bastante interessante. Assim como já tinha ocorrido na primeira partida no Sul do Estado, Brusque e Criciúma fizeram dois grandes jogos. Foram para cima dos adversários e em todos os momentos da partida buscaram o ataque. Se as decisões às vezes decepciona pelos jogos trucados e feios, a final do Catarinense de 2023 provou que é possível mostrar um futebol legal, mesmo em uma grade decisão de título.

 

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