Brasileira que pode ser condenada à pena de morte na Indonésia passa por nova audiência


Manuela Vitória de Araújo Farias foi detida no início de janeiro de 2023. Expectativa é que que ocorra a instrução do processo, que serve para colher informações sobre o caso e outras provas. M
A brasileira Manuela Vitória de Araújo Farias, presa há três meses por tráfico de drogas na Indonésia, passará por uma nova audiência nesta terça-feira (10). A informação divulgada pelo advogado Davi Lira da Silva.
A primeira audiência do julgamento que pode levar a brasileira à pena de morte, segundo as leis do país asiático, ocorreu em 4 de abril. Nesta nova fase, a expectativa é que que ocorra a instrução do processo, que serve para colher informações sobre o caso e outras provas.
A sentença ocorrera em outro momento e, segundo a defesa, não há prazo. “Fugindo dessas duas penas, a pena de morte e a perpétua, já seria uma grande vitória”, disse o advogado.
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Detida em janeiro no aeroporto de Bali, Manuela segue em uma delegacia na região. Ela já conseguiu contato com familiares após o auxílio da Embaixada do Brasil na Indonésia. No país asiático, ela já tem um defensor particular que atua no processo.
Além da pena de morte, segundo o Ministério das Relações Exteriores, quem for flagrado com drogas na Indonésia, em qualquer quantidade, pode ser sentenciado a vários anos de prisão ou detenção perpétua. O governo brasileiro acompanha o caso.
Manuela Vitória, de 19 anos, foi presa na Indonésia
Redes Sociais/ Reprodução
Caminho até a prisão
Segundo o advogado, Manuela embarcou em Florianópolis no fim de dezembro. A prisão da mulher ocorreu no aeroporto de Bali. Em 27 de janeiro ela foi indiciada por tráfico de drogas.
A brasileira foi detida com aproximadamente 3 quilos de cocaína. Segundo a defesa dela, a brasileira foi usada como ‘mula’ para levar a droga ao país, além de ter sido enganada por uma organização criminosa de Santa Catarina, que prometeu férias e aulas de surfe para ela no país asiático.
Ao g1 SC, a Polícia Civil de Santa Catarina não passou detalhes sobre a suposta organização criminosa, mas informou que “todas as investigações são mantidas em sigilo”. A reportagem tentou contato com a Polícia Federal, que não retornou.
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Manuela tem residência em Santa Catarina, estado onde vive a mãe, e no Pará, onde o pai mora. Conforme o advogado, ela atuava como autônoma, vendendo perfumes e lingeries no Brasil.
Brasileira detida na Indonésia com cocaína
Arquivo de Relações Públicas da Polícia de Bali
Ministério das Relações Exteriores
O Itamaraty disse em nota que acompanha o caso: “O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Jacarta, tem conhecimento do caso e vem prestando a assistência consular cabível à nacional, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local”.
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