Bolsonaro nega fraude em cartão de vacinação após ter celular apreendido em operação da PF

Alvo da Operação Venire, que investiga inserções de dados falsos nos cartões de vacinação da Covid-19, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou que exista adulteração no documento de imunização. Ele reafirmou nesta quarta-feira (3) não ter se imunizado por “decisão pessoal”.

Casa de Bolsonaro foi alvo da PF (Polícia Federal) na operação desta quarta-feira – Foto: Arquivo/Alan Santos/PR/ND

“Fico surpreso com a busca e apreensão com esse motivo”, completou. A casa de Bolsonaro foi alvo da PF (Polícia Federal) na operação desta quarta-feira para investigar a atuação de uma associação criminosa que inseria dados falsos de vacinação nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde.

“Eu não fui vacinado. Decisão pessoal minha, principalmente depois de ler a bula da Pfizer. A minha esposa foi vacinada em 2021, nos Estados Unidos, com a Janssen. Está documentado. A minha filha Laura, que respondo por ela, atualmente com 12 anos, também não tomou a vacina. Em momento nenhum eu falei que tomei a vacina”, declarou Bolsonaro antes de deixar a casa após a operação da PF.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro disse pelas redes sociais não saber o motivo da operação, confirmou que apenas ela havia se vacinado e negou que a PF tivesse apreendido o seu celular. “Apenas o celular do meu marido foi apreendido”, declarou.

Entenda a Operação Venire

A PF deflagrou manhã desta quarta-feira (3) a Operação Venire, que investiga inserções de dados falsos nos cartões de vacina da Covid-19. O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, foi preso.

Em nota, as autoridades informaram que as alterações nos cartões ocorreram de novembro de 2021 a dezembro de 2022 e tiveram “como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários”.

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