VÍDEO: Moradora de Joinville adota gambá que cria desde filhote; ‘amor da minha vida’

“É o amor da minha vida, meu bebezinho”, diz Claudia Kampmann, moradora de Joinville, sobre Clarinha, uma gambá que vive com ela desde 2021. A massoterapeuta é voluntária do IMA (Instituto do Meio Ambiente) na cidade do Norte de Santa Catarina e adotou o animal após um resgate.

Clarinha foi adotada em 2021 – Vídeo: Claudia Kampmann/Arquivo Pessoal/ND

Claudia conta que, quando buscou Clarinha, a mãe da gambá havia sido morta por outro animal e seus filhotes foram encontrados em um terreno. Três deles estavam bastante debilitados, entre eles Clarinha.

“Recebo esses filhotes aqui em casa quando estão saudáveis para terminar de amamentá-los. Depois de certa idade, entrego ao IMA. Eles fazem reabilitação para devolver à natureza”, conta Claudia. Porém, no caso de Clarinha, o ferimento fez com que perdesse os movimentos das patas traseiras, impossibilitando seu retorno ao habitat natural.

“A Clarinha foi um animalzinho que arrastava a parte traseira, tinha 69 gramas, tamanho de um dedo. Tentamos tratar, mas ela não voltou a ter movimentos da patinha traseira. Não tem força, nem estabilidade. Ela não poderia ser solta novamente”, explica.

Por isso, Claudia pediu ao IMA para adotar permanentemente a gambá. O pedido foi aceito. Desde então, a massoterapeuta ainda recebe outros gambás filhotes para amamentar e cuidar até a reabilitação, mas Clarinha veio para ficar.

A rotina com a gambá é simples. Clarinha, por ser um animal noturno, dorme durante todo o dia, mas à noite costuma andar pelo quarto de Claudia. Ela come ração de gato filhote, frutas, verduras e legumes. As necessidades fisiológicas são feitas em um tapete higiênico.

Por conta da falta de mobilidade traseira, Clarinha precisa ser limpa com frequência, assim como o local onde costuma ficar.

Convivência com outros pets

Além de Clarinha, Claudia possui outros animais, gatos e cachorros. A convivência entre eles é bastante tranquila. Os pets já se acostumaram com os animais silvestres por conta dos constantes resgates que a voluntária do IMA realiza.

Inclusive, eles ajudam Claudia a cuidar dos pequenos filhotes que chegam em casa. “Quando vêm filhotes e preciso amamentar, quem faz a higienização deles [com lambidas] são os cachorros”, conta. Porém, a voluntária destaca que só deixa os animais interagirem sob supervisão.

Gambás como pets?

Claudia afirma que gambás não são animais para se ter como pets, não costumam brincar ou ser tão carinhosos. Ainda assim, merecem cuidado, principalmente Clarinha que tem a saúde física debilitada.

Para a massoterapeuta, ter gambás como animais de estimação não é ideal, devido sua importância na natureza. “Comem animais peçonhentos, cobras, aranha, escorpião, fazem proliferação de frutas. [As pessoas] acham que são mero ratões, mas são animais importantes na natureza. Ela está hoje comigo pela condição física dela, pois não sobreviveria”, destaca Claudia.

Apesar de gambás não serem animais de cativeiro, Claudia sabe que esta é a única forma de Clarinha se manter viva, já que, por conta da saúde física, não se adaptaria novamente na natureza. Claudia dedica seu amor pelos animais nos resgate e, agora, por Claridinha nos cuidados diários.

Veja fotos

Clarinha dorme dentro de casa – Foto: Claudia Kampmann/Arquivo Pessoal/ND

Clarinha após um banho – Foto: Claudia Kampmann/Arquivo Pessoal/ND

Clarinha descansa – Foto: Claudia Kampmann/Arquivo Pessoal/ND

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