VÍDEO: Serpente flutua sobre as águas; ‘impressão de que ela voa’

Você já viu uma serpente flutuando sobre as águas? A surucucu-pico-jaca pode fazer isso e foi flagrada durante a ação. O vídeo gravado no rio Cristalino, em Mato Grosso, foi publicado pelo biólogo Henrique Abraão, após ser enviado por um seguidor. O especialista chega a se emocionar com o registro.

“Impressão de que ela voa”, fala biólogo emocionado – Foto: Reprodução/Internet/ND

“Um dos vídeos mais satisfatórios de todos os tempos. Repare neste animal navegando. Ele flutua como se a água nem existisse. A impressão é de que ela voa”, comenta o biólogo. “Arrepia de falar.”

O vídeo foi enviado por um seguidor e foi gravado em março de 2021. “Mas ainda atual”, comenta o biólogo.

As imagens encantaram outros seguidores do especialista. “Tão perigosa e tão majestosa nadando toda plena”, diz um perfil. “E da pra notar que ela não está nem aí pra quem está no caiaque. Ela só quer seguir o caminho dela em paz. Essa coisa de que as cobras perseguem e querem atacar humanos, precisa cair por terra”, comenta outra pessoa.

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Surucucu-pico-de-jaca

A espécie é bastante conhecida pela grande beleza, já que possui cor alaranjada contrastando com as manchas escuras ao longo de seu dorso, assim como por ser a maior serpente peçonhenta das Américas e a segunda maior do mundo, atrás apenas da cobra-rei (Ophiophagus hannah), informa o Instituto Butantan.

A surucucu pode alcançar mais de 3 metros de comprimento, se alimenta exclusivamente de mamíferos, normalmente de pequenos e médios roedores como ratos, camundongos, pacas e cotias.

Segundo o Butantan, a surucucu prefere regiões úmidas e com pouca presença humana, o que resulta em um baixo número de encontros e, como consequência, poucos acidentes. Menos de 2% das ocorrências com ofídicos registrados recentemente no Brasil  foram causados pela espécie.

A ação do veneno da surucucu é citotóxica, coagulante, hemorrágica e neurotóxica. Pode provoca reações similares às causadas pelo veneno das jararacas, como inchaço, dor local, necrose, problemas de coagulação, hipotensão, além de diarreia e diminuição do ritmo cardíaco, podendo levar ao choque e, em casos graves, até mesmo ao óbito. De acordo com o Butantan, a única forma de tratamento contra a picada de surucucu é o soro antibotrópico-laquético, produzido pelo instituto.

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