Oficina aborda etapas da produção do documentário ‘Em nome de Cruz e Sousa’

A equipe produtora do documentário Em nome de Cruz e Sousa realiza uma oficina gratuita na próxima segunda-feira, 10 de abril. Além da exibição do filme, haverá exposições detalhadas das etapas criativas e técnicas do trabalho – desde a pesquisa e concepção do roteiro, até produção, montagem e finalização –, tratando dos principais desafios vivenciados ao longo da realização da obra. A atividade ocorre das 14h às 17h no auditório do Bloco F do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), 7º andar, no Campus Universitário Trindade, em Florianópolis.

Estarão presentes no encontro o diretor do documentário, José Rafael Mamigonian, e as pesquisadoras e roteiristas, Beatriz Mamigonian e Luana Teixeira. Aberta a todo o público, a atividade é voltada especialmente a pesquisadores e estudantes das áreas de História, Museologia, Jornalismo e Cinema, bem como a pessoas interessadas na presença negra no estado de Santa Catarina. 

Para participar, é necessário preencher o formulário de inscrições. São disponibilizadas 60 vagas. Se o número de inscritos exceder a capacidade da sala, será realizado sorteio entre os inscritos, havendo uma reserva de 20% para alunos negros, indígenas e quilombolas. Haverá emissão de certificados, com três horas de atividade.

Em nome de Cruz e Sousa

Em 1923 foi inaugurado em Florianópolis um busto em homenagem a João da Cruz e Sousa, poeta negro catarinense falecido décadas antes. Fruto da mobilização da população negra, a história desse monumento resgata imagens de um momento em que a conquista por espaços na nova política inaugurada pela República estava na ordem do dia. O busto do poeta negro Cruz e Sousa, que hoje está na Praça XV de Novembro, centro de Florianópolis, completa, neste mês de abril, cem anos desde sua inauguração.

O artista recebeu a homenagem por meio do Centro Cívico e Recreativo José Boiteux, uma associação de homens negros fundada em 1920, 25 anos depois da morte do poeta catarinense. O curta-metragem  reconstrói a trajetória deste coletivo pioneiro, no contexto da presença e do protagonismo da população negra em Santa Catarina nos anos 1920. Além disso, traz para o presente aspectos dessa história na qual símbolos de modernidade, como as reformas urbanas e a Ponte Hercílio Luz, são percebidas sob o ângulo da luta por acesso à cidadania e contra a discriminação racial na capital.

Mais informações podem ser obtidas no programa da oficina, na página do documentário no Instagram, no Facebook ou pelo e-mail [email protected].

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