Uma operação conduzida pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), realizada em Santa Catarina e outros oito Estados, identificou fraudes por adição de amido em requeijões vendidos no mercado brasileiro. Os resultados foram divulgados nesta quarta-feira (11).
Além de Santa Catarina, a pasta realizou coletas em Goiás, Ceará, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. O governo federal não especificou onde foram registradas as irregularidades.

Produtos irregulares tinham adição de amido – Foto: Arquivo/Wikimedia Commons/Divulgação/ND
Conforme o governo federal, os agentes coletaram amostras de requeijão e requeijão cremoso no comércio varejista. Ao todo foram 180 amostras advindas de 66 estabelecimento nacionais sob os SIF (Serviço de Inspeção Federal), SIE/SID ((Serviço de Inspeção Estadual ou Distrital) e SIM (Serviço de Inspeção Municipal).
“Os resultados das análises apontaram para um índice de 5% de não conformidade. Uma das amostras foi rejeitada por ter sido coletada com o prazo de validade já expirado. Assim, das 179 amostras analisadas pelos LFDA( Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária), nove apresentaram resultados de presença de amido”, destaca a Mapa.
Dentre as penalidades aplicadas pela pasta às empresas produtoras estão a apreensão cautelar dos produtos e a autuação em processo administrativo específico.
“A fraude por adição de amido em requeijão é caracterizada como fraude econômica, ou seja, não correspondia com o que estava declarado no rótulo do produto”, ressalta a pasta.
“O requeijão que leva adição de amido deve ter em sua denominação de venda a informação Mistura de Requeijão e Amido, de acordo como o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Requeijão. Logo, qualquer comercialização sem a denominação configura fraude ao consumidor”, explica a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Ana Lúcia Viana.