O traço do rosto que pode indicar maior risco de desenvolver demência

Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Fudan, na China, identificou que um traço do rosto, que pode passar despercebido no dia a dia, pode ser uma maneira de identificar sinais precoces de demência.

Mulher se olhando no espelho e preocupada com a pele

Identificar características faciais pode ajudar na prevenção dessa doença – Foto: Andrii Rakov/ND

Saiba qual o traço do rosto que pode indicar maior risco de desenvolver demência

O estudo, realizado por pesquisadores chineses e publicado na revista Alzheimer’s Research and Therapy, analisou dados de participantes de duas grandes pesquisas: o UK Biobank (Reino Unido) e o projeto Nutrition and Health of Aging Population in China (NHAPC). A pesquisa tinha como foco examinar a relação entre características faciais e o risco de demência.

Rugas profundas na área dos olhos, conhecidas popularmente como pés de galinha, foram associadas a um risco 2,5 vezes maior de comprometimento cognitivo e demência. A percepção de idade facial mais avançada do que a cronológica também foi associada a um maior risco da doença e comprometimento cognitivo.

Outras observações do estudo

Traço do rosto em idosa

O estudo incluiu mais de 195 mil participantes e mostrou que sinais visíveis de envelhecimento podem prever o risco de comprometimento cognitivo – Foto: Freepik/ND

Segundo os especialistas, fatores como exposição ao sol e hábitos de vida podem influenciar o envelhecimento facial e, indiretamente, o risco de demência.

Para chegar a esses resultados foram estudados mais de 195 mil participantes com idade média de 64 anos da UK Biobank e 612 participantes do estudo NHAPC.

No UKB, aqueles com aparência percebida como mais velha tinham 61% maior risco de adquirir a doença em 12 anos de acompanhamento. Já no NHAPC, o número e intensidade das rugas nos olhos foram associados a chances 2,48 vezes maiores de comprometimento cognitivo.

Pessoa com pés de galinha com os olhos fechados

A aparência do rosto pode ser um alerta precoce para problemas de cognição – Foto: Freepik/ND

“A idade facial (tanto subjetiva/percebida quanto objetiva) pode servir como um indicador e ser aplicada em estratégias de triagem para identificar e tratar populações em risco de declínio cognitivo ou demência, facilitando a intervenção precoce em adultos mais velhos”, finalizam os especialistas.

*Importante: este conteúdo não substitui avaliações profissionais com médicos ou outros especialistas nas áreas de saúde e bem-estar.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.