FOTOS: Mais de 700 novas espécies de animais e plantas são descobertas na Bacia do Congo

Um relatório divulgado recentemente pela WWF (World Wide Fund for Nature) revelou que mais de 700 novas espécies de vida selvagem foram descobertas. O anúncio foi feito após cerca de dez anos de estudo sobre a fauna e flora da Bacia do Congo, na África.

Montagem mostrando um sapo no lado esquerdo e um gorila no direito

Novas espécies de animais foram identificadas na Bacia do Congo – Foto: WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

A Bacia do Congo abrange cerca de seis países do continente africano e é considerada a segunda maior floresta tropical do mundo, perdendo apenas para a Amazônia.

Segundo o diretor da Bacia do Congo do WWF, Dr. Martin Kabaluapa, entre 2013 e 2023, pelo menos 742 espécies foram descobertas na região da Bacia do Congo, na África Central, sendo oficialmente descritas por cientistas como sendo novas espécies.

Algumas espécies de animais e plantas encontradas são conhecidas por habitantes locais, porém, completamente novas para a ciência.

Entre elas, o relatório destacou o encontro de novas espécies de orquídeas e outras plantas floridas, novas espécies de café, a primeira espécie de vaga-lume da República Centro-Africana, bagres que respiram ar, sapos com garras,  peixes-elétricos e diversos outros animais incríveis.

Novas espécies descobertas no Congo

Invertebrados

Em 2022, uma nova espécie de vaga-lume foi registrada em um sistema de cavernas na República Centro-Africana. Com 17 milímetros de comprimento, a espécie foi batizada de Pulcher, termo em latim que significa “bonito” ou “gracioso”.

Além do vaga-lume, cerca de 40 novas espécies foram identificadas durante uma expedição em 2010 nos países da Bacia do Congo. Entre elas está a carismática libélula Robust Sparklewing (Umma gumma), descoberta em Camarões.

Seu nome é uma homenagem ao álbum de 1969 da banda de rock inglesa Pink Floyd. A espécie foi destacada como uma das “Dez Melhores Novas Espécies” descobertas globalmente naquele ano.

Vaga-lume batizado de Afrodiaphanes
pulcher - WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

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Vaga-lume batizado de Afrodiaphanes
pulcher – WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

Umma gumma recebeu esse nome em homenagem a banda Pink Floyd - WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

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Umma gumma recebeu esse nome em homenagem a banda Pink Floyd – WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

Libélula conhecida Anax gladiator - WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

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Libélula conhecida Anax gladiator – WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

Libélula conhecida como Porpax mezierei  - WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

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Libélula conhecida como Porpax mezierei – WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

Peixes

Diversas novas espécies de peixes foram flagradas durante os estudos na região.

No Gabão, uma nova espécie de killifish foi identificada em 2018. Ele se destaca por suas cores vividas e coloridas, que chamam a atenção. A espécie endêmica foi encontrada apenas em três localidades até o momento.

Peixes-elétricos também foram encontrados na Bacia do Congo. Entre eles, a espécie Petrocephalus arnegardi descrita em 2014, consegue produzir produzem pulsos elétricos, utilizando sua cauda.

Peixe killifish conhecido como Aphyosemion grelli  - WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

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Peixe killifish conhecido como Aphyosemion grelli – WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

Peixe nomeado como Aphyosemion aurantiacum - WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

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Peixe nomeado como Aphyosemion aurantiacum – WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

Nova espécie de peixe nomeada como Eugnathichthys virgatus - WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

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Nova espécie de peixe nomeada como Eugnathichthys virgatus – WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

Anfíbios

22 novas espécies de sapos foram descobertos na Bacia do Congo entre 2013-2023. Entre elas, seis sapos com garras foram descritos em 2015. Estes incluíam o Xenopus parafraseri, ou o Sapo com Garras das Terras Altas que é endêmico de Camarões.

Pesquisadores também identificaram um novo comportamento em uma espécie já conhecida no meio científico. O sapo-gigante-congolês, possui um comportamento que tenta imitar uma serpente, exibindo uma coloração com impressionante semelhança com a da víbora-do-gabão (Bitis gabonica).

De acordo com cientistas, este é o único exemplo no mundo de um sapo imitando uma cobra venenosa para evitar ser alvo de predação.

Cardioglossa annulata encontrado na Republica do Congo - WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

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Cardioglossa annulata encontrado na Republica do Congo – WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

Diversos novas espécies de sapos foram indentificados - WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

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Diversos novas espécies de sapos foram indentificados – WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

Répteis

Entre os répteis, 25 cobras, como cobras-cegas, najas e víboras, 10 lagartixas, três camaleões, dois lagartos, uma tartaruga e um crocodilo foram descobertos recentemente na Bacia do Congo.

Originalmente pensado para ser a mesma espécie que o crocodilo de focinho fino da África Ocidental (Mecistops cataphractus), estudos e análise cuidadosa do sequenciamento molecular revelaram uma nova espécie de crocodilo estava “escondida à vista de todos”. Os primos dos focinhos finos foram listadas como uma espécie criticamente ameaçada de extinção.

Já sobre as serpentes, duas novas espécies foram identificadas no local, as cobras-d’água-anã (Naja nana e Naja christyi), são pequenas espécies venenosas de naja aquática encontradas no grande lago de água doce Mai-Ndombe.

Nova espécie de crocodilo foi indentificada  - WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

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Nova espécie de crocodilo foi indentificada – WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

Nova espécie de tartaruga de capacete africana - WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

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Nova espécie de tartaruga de capacete africana – WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

Naja savannula encontrada na região - WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

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Naja savannula encontrada na região – WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

Pássaros

Duas espécies de pássaros foram descobertas na última década. Um novo tordo-da-floresta e uma coruja se juntando ao bando.

Durante essas expedições, vários espécimes de tordo-da-floresta foram coletados e posteriormente analisados ​​quanto a diferenças na morfologia, plumagem e canto. Como resultado, uma nova espécie, Stiphrornis rudderi, ou tordo-da-floresta-de-leme, foi descrita na Reserva Florestal de Yoko.

Na costa da Guiné Equatorial, em uma pequena ilha, outra nova descoberta extraordinária foi feita. Em 2022, uma nova espécie de coruja-de-orelhas foi descrita em um Parque Natural Príncipe Obô, na ilha Príncipe, destacando mais uma vez a importância das áreas protegidas na conservação de espécies.

Coruja em um floresta olhando para a câmera

Nova espécie de coruja encontrada na região – Foto: WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

Mamíferos

Na última década, a Bacia do Congo revelou uma média de uma nova espécie de mamífero por ano. Entre as descobertas estão uma nova espécie de macaco, quatro musaranhos, três camundongos e dois morcegos.

Entre eles, destaca-se a descoberta do Cercopithecus lomamiensis, popularmente conhecido como lesula. Este macaco apresenta características únicas: olhos com aparência humana, um traseiro azul vibrante e um chamado baixo e ecoante, descrito pelos cientistas como um “bum” profundo que ressoa pela floresta.

A descoberta de uma nova espécie de primata é rara e reforça a importância da conservação da biodiversidade da região.

Novas espécies de mamíferos foram indentificados  - WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

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Novas espécies de mamíferos foram indentificados – WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

As novas espécies estavam espalhadas pelo Congo - WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

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As novas espécies estavam espalhadas pelo Congo – WWF (World Wide Fund for Nature)/Reprodução/ND

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