Governo da Síria perde controle de cidades; EUA pede que americanos deixem o país às pressas

O governo da Síria perdeu, nesta sexta-feira (6), o controle da cidade de Dera, no sul do país, e da maior parte da província homônima, berço da insurreição de 2011. Rebeldes avançam contra o regime do presidente Bashar al Assad, que governa o país a 24 anos.

Diante da escalada do conflito, que tem como um dos objetivos a tomada da capital, Damasco, os EUA comunicaram seus cidadãos para que saiam da Síria “agora que ainda há voos comerciais disponíveis”.

Forças rebeldes lançam ofensiva relâmpago na Síria pretendem derrubar o governo do presidente Bashar al-Assad – Foto: Bakr Al Kassem/AFP/ND

“As condições de segurança se mantêm voláteis e imprevisíveis, com confrontos entre grupos armados ao longo do território”, argumenta a nota do Departamento de Estado estadunidense.

Conflito na Síria já deslocou 370 mil pessoas

As hostilidades começaram em 27 de novembro e já deixaram 800 mortos. Os insurgentes já tomaram Alepo, a segunda maior cidade do país, e estão às portas de Homs, terceira maior cidade do país.

Segundo Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, os insurgentes das Síria são liderados pelo grupo Hayat Tahrir Al-Sham (HTS) e tomaram as cidades de Rastan e Talbiseh, nos arredores de Homs. Dujarric afirma que eles estão se posicionando para um ataque “potencialmente importante” contra o presidente sírio.

“Os rebeldes controlam mais de 90% da província de Dera, enquanto as forças do regime se retiraram”, comunicou o OSDH (Observatório Sírio de Direitos Humanos). Segundo a ONG, funcionários da cidade de Sweida já deixaram prédios públicos nesta sexta-feira. A cidade de Daara, no sul, também foi tomada.

Desde o começo dos conflitos na Síria, pelo menos 370 mil pessoas, em sua maioria mulheres e crianças, foram deslocadas pelos combates na Síria. Os rebeldes prometeram que o próximo objetivo, além de Homs, é a capital, Damasco, sede do governo.

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