Chuvas fortes causam estragos em edificações do campus da UFSC em Florianópolis

As fortes chuvas que caem sobre a região da Grande Florianópolis desde a tarde de quinta-feira, 16 de janeiro, tiveram impacto relevante sobre algumas edificações e infraestruturas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). No campus da Trindade, o grande volume de precipitações provocou alagamentos nos andares térreos de alguns edifícios, além de infiltração de água por telhados, vazamentos e goteiras em diversos prédios, incluindo o prédio da Reitoria.

Na manhã desta sexta-feira, 17 de janeiro, o reitor Irineu Manoel de Souza percorreu o campus de Florianópolis em companhia do prefeito universitário, Matheus Lima Alcantara. Eles visitaram diversos locais impactados, como o Centro Tecnológico (CTC), Centro de Comunicação e Expressão (CCE), Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), a Moradia Indígena, prédios do Centro de Ciências Biológicas (CCB), a Biblioteca Universitária e o Centro de Ciências Agrárias (CCA).

O prefeito universitário citou que foram duas consequências principais das chuvas, que chegaram em grande volume e sem previsão dos serviços meteorológicos. A primeira foi a inundação de várias áreas do campus da Trindade, onde os córregos não suportaram o acúmulo de água na bacia hidrográfica. Com isso, ocorreram alagamentos mais intensos e problemas na infraestrutura de drenagem no CTC e no prédio da Morfologia.

A vistoria foi a pontos críticos já identificados. “A ideia é a gente reconhecer os riscos que estão associados e tentar pensar em intervenções para mitigar maiores danos e principalmente garantir a segurança das pessoas”, disse Matheus Alcantara. Ele informou que a Reitoria está em contato com os diretores dos Centros de Ensino para que eles façam relatos dos problemas identificados. A partir de segunda-feira, as equipes técnicas da Prefeitura devem retornar aos locais atingidos para verificar a situação, visando a elaboração de um plano de ação sob critérios de gravidade e urgência, acrescentou o prefeito.

Alagamentos
O Centro Tecnológico (CTC) foi um dos locais impactados pelas chuvas. Houve registro de diversas ocorrências de infiltração de água da chuva pelos telhados das edificações, tanto através de lajes e emendas como também infiltração de água das calhas de escoamento, que não deram conta do alto volume das precipitações.

Também houve acúmulo de água ao redor das contruções do CTC e alguns prédios sofreram inundação da parte térrea. “Águas que infiltram pelo telhado danificam paredes dos andares superiores. A água que infiltra pelo solo carrega quantidade grande de lama e deteriora todo o piso térreo. Também temos a deterioração de mesas, portas, divisórias, a própria pintura das paredes. Estamos ainda fazendo os levantamentos, não temos a visão completa de todos os locais”, informa o professor Amir Martins de Oliveira Junior, vice-diretor do CTC.

O Bloco B da Engenharia Mecânica sofreu uma rachadura no piso do andar térreo, causada pela diferença de pressão entre o lado externo e o lado interno. O prédio é isolado da parte externa por comportas, mas a diferença de pressão fez com que o piso falhasse e por essa rachadura entrou uma grande quantidade de água. O piso inferior do Bloco B tem cerca de 4.500 metros quadrados de área útil e abriga laboratórios de ensino, salas de aula e laboratórios de pesquisa. “Existem equipamentos bastante caros em plantas-piloto em escala semi-industrial, além de vários equipamentos de medição”, informa o professor Amir Martins.

Na Superintendência de Governança Eletrônica e Tecnologia da Informação e Comunicação (SeTIC), ocorreu uma infiltração causada pelo acúmulo de materiais como folhas e galhos nas canaletas do prédio. A água da chuva atingiu a sinalização da saída de emergência no primeiro andar. Graças à ação dos servidores presentes, a infiltração foi contida e não chegou ao térreo, onde fica o Datacenter da UFSC, que armazena todos os dados da instituição e serviços informacionais.






















 

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