Mãe de 82 anos topa aventura de moto de 2463 km com filha pelo Sul do Brasil

Rosemari e Cinara Ribas Konrad, de 82 e 53 anos, se aventuraram em uma viagem de 2.463 km de motocicleta pelo Rio Grande do Sul. Mãe e filha saíram de Palhoça, na Grande Florianópolis, em 12 de janeiro e voltaram para casa na sexta-feira (24). Enquanto a filha reforçou a admiração pela mãe, a idosa concluiu que, para ela, nada é impossível.

Mãe de 82 anos topa aventura de moto de 2463 km com filha pelo Sul do Brasil, foto mostra mãe e filha vestidas com roupas pretas para viagem, elas sorriem em frente a uma moto

Juntas, mãe e filha percorreram 2463 km de moto – Foto: Arquivo pessoal/Reprodução/ND

Cinara é professora em Palhoça e fazia viagens com o marido, já falecido, de motocicleta. Desde que ficou viúva, a pedagoga tinha viajado com a mãe por distâncias menores, dentro de Santa Catarina. No entanto, quando propôs a aventura por mensagem para a idosa, ela topou imediatamente.

“Para mim não foi cansativo, pelo contrário, foi um prazer  imenso estar na garupa de uma moto grande, uma Harley. […] Quando ela me convidou eu topei na hora. Era uma coisa que eu queria muito fazer, eu tenho muita saúde então sem problema nenhum”, fala Rosemari.

Aos 82 anos, Rosemari está pronta para mais viagens de moto - Arquivo pessoal/Reprodução/ND

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Aos 82 anos, Rosemari está pronta para mais viagens de moto – Arquivo pessoal/Reprodução/ND

Principal destino da viagem de mãe e filha foi conhecer São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul - Arquivo pessoal/Reprodução/ND

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Principal destino da viagem de mãe e filha foi conhecer São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul – Arquivo pessoal/Reprodução/ND

Filha conta que mãe topou a viagem imediatamente - Arquivo pessoal/Reprodução/ND

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Filha conta que mãe topou a viagem imediatamente – Arquivo pessoal/Reprodução/ND

Viagem passou pelo Rio Grande do Sul - Arquivo pessoal/Reprodução/ND

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Viagem passou pelo Rio Grande do Sul – Arquivo pessoal/Reprodução/ND

Mãe e filha já tinham viajado juntas antes, mas em percursos menores - Arquivo pessoal/Reprodução/ND

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Mãe e filha já tinham viajado juntas antes, mas em percursos menores – Arquivo pessoal/Reprodução/ND

Em 13 dias, mãe e filha percorreram 2.463 km entre SC e o RS

Para a primeira viagem mais longa, mãe e filha contam que priorizaram a segurança na estrada e escolheram o Rio Grande do Sul como destino.

Passaram pela Serra do Rio do Rastro, conhecida pelas voltas sinuosas, por Passo Fundo e escolheram conhecer as ruínas de São Miguel das Missões como o principal destino. Depois disso, o roteiro era decidido ao longo da viagem.

“De uma parada a gente via a próxima parada. A gente parou em São Miguel das Missões, conversamos, resolvemos ir para a Uruguaiana, de lá resolvemos ir para a Santana do Livramento. […] Eu comprei a moto para esta viagem, para a mãe vir mais confortável na garupa”, detalha Cinara.

Quando conversaram com a reportagem do ND Mais, mãe e filha estavam em Arroio do Silva e pretendiam pernoitar em Morro dos Conventos.

‘Não é impossível para mim’, afirma idosa após viagem de moto na garupa da filha

Apesar de achar a estrada mais difícil com os paralelepípedos na entrada e na saída de Porto Alegre, para Rosemari, a parte ruim foi que a viagem acabou.

“Foi tudo maravilhoso, estou com pena apenas de voltar. Por mim, continuaríamos mais alguns dias ainda”, conta.

Já para a filha, a preocupação era garantir que a mãe aproveitasse a viagem com conforto e segurança.

“Ela tem 82 anos, então a gente se preocupa, né? Mas ela é muito parceira, sempre falando que estava tudo bem, não reclamou em nenhum momento”, fala. “Com a preocupação de levar e trazer a minha mãe com saúde, com alegria, com paz”, disse a filha.

As duas já planejavam a próxima aventura de moto juntas. Mesmo com a preocupação da filha, o maior aprendizado da viagem para Rosemari foi o lembrete do tamanho de sua força, saúde e vontade de viver.

“Nos meus 82 anos poderia ser impossível para muitas pessoas, mas não é impossível para mim”, conclui.

Para a Cinara, a maior lição da viagem de 2.463 km não foi aprendida com base no que estava no caminho à frente, e sim, na sua garupa.

“Minha mãe é um exemplo diário. Por todas as escolhas que ela faz, pelo que ela representa. Já passou por muita coisa ruim na vida dela,  vários problemas, até fome. E hoje ela está aí, forte, firme, se cuida, faz academia, faz crochê, costura, cozinha. […] Ela é uma parceira, uma amiga, uma fortaleza”, se emociona.

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