Chacina em Joinville: MP denuncia seis suspeitos de cometerem quatro homicídios

Seis pessoas suspeitas de cometer quatro homicídios no mês de janeiro deste ano, em Joinville, no Norte do Estado, foram denunciadas pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina). A informação foi divulgada pelo Ministério Público nesta quarta-feira (17).

Investigações da Polícia Civil indicam que o caso se trata de um “tribunal do crime” – Foto: PC/Divulgação

A 23ª Promotoria de Justiça da Comarca de Joinville quer que elas sejam julgadas e condenadas pelo Tribunal do Júri por quatro homicídios duplamente qualificados – motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas – e pelos crimes de cárcere privado, organização criminosa e ocultação de cadáver. A Justiça recebeu a denúncia na terça-feira (16).

A chacina que matou quatro pessoas em janeiro ocorreu um dia antes de outro crime que impactou a cidade, quando seis pessoas foram mortas e seus corpos incendiados.

As investigações da Polícia Civil indicam que o caso se trata de um “tribunal do crime”, promovido por uma mesma organização criminosa, tendo como motivação a disputa por território entre facções.

De acordo com a denúncia do MPSC, os denunciados mantiveram as vítimas em cárcere privado para confirmar se elas integravam ou não a facção criminosa rival, “para então deliberar sobre a morte das vítimas, atuando numa espécie de Tribunal do Crime Organizado”.

Para o Promotor de Justiça Marcelo Sebastião Netto de Campos, “o motivo do crime foi torpe, em razão da guerra de facções criminosas instalada na cidade, uma vez que os denunciados entenderam que as vítimas teriam vínculos com a facção criminosa rival”.

Ele ressalta que “os homicídios foram praticados mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, pois estavam sob o domínio de seus executores, os quais se encontravam em superioridade numérica, em cárcere privado, dificultando que esboçassem válida tentativa de defesa”.

Após a suposta execução das vítimas, os denunciados teriam ocultado os cadáveres. De acordo com a denúncia, “eles enterraram os corpos em uma região desconhecida nas proximidades do local em que foram mortos”.

Segundo consta nos autos, os cadáveres foram localizados somente no dia 22 de março de 2023, após uma denúncia anônima recebida pelas forças policiais.

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