O que diz laudo da perícia sobre causas do incêndio no Warung em Itajaí

O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) divulgou nesta quarta-feira (12) o resultado da perícia realizada na casa noturna Warung, em Itajaí, Litoral Norte de SC, que pegou fogo no dia 22 de fevereiro. Os peritos não conseguiram identificar a causa do incêndio, por falta de evidências que comprovem o item deu início as chamas.

Incêndio destruiu estrutura da casa noturna Warung, na Praia Brava Foto: @marcokamers1/@itapemaemfotos/Arquivo Pessoal/ND

O incêndio aconteceu na manhã do dia 22 de fevereiro, na casa noturna Warung, na Praia Brava, em Itajaí, famosa internacionalmente por reunir atrações da música eletrônica mundial.

Cerca de 25 bombeiros militares foram empenhados no combate às chamas, e foram utilizados em torno de 300 mil litros de água na operação.

De acordo com os Bombeiros, as ações de coleta de dados, esquadriamento do local e escavação dos escombros, bem como o levantamento aéreo feito com drone duraram cerca de 5 horas. Alguns materiais relacionados ao incêndio foram coletados para exames preliminares.

O local possuía habite-se dos Bombeiros e estava regularizado. Contudo, sistema hidráulico preventivo não funcionou durante a ocorrência.

A falha teria ocorrido por conta do rápido alastramento do incêndio, que ocasionou o colapso da estrutura e, consequentemente, prejudicou o sistema.

As características do terreno também dificultaram o acesso das equipes ao combate direto às chamas.

A estrutura da casa noturna era construída essencialmente em madeira, com cobertura de telha asfáltica e manta a base de polímero sintético. Essa estrutura colapsou durante o incêndio, e foi severamente danificada. Por conta disso, houve dificuldade na coleta de dados.

A queima intensa e prolongada dos materiais construtivos fez com que muitas das evidências, fossem perdidas, segundo os Bombeiros.

Estrutura do local ficou completamente danificada – Foto: CBMSC/Reprodução/ND

Já na fase de rescaldo, em que somente alguns focos são controlados, após o controle das chamas, o local de origem do incêndio foi preservado para que fosse realizada a coleta dos dados.

Os indícios encontrados mostraram que o fogo teria iniciado no piso térreo em uma área denominada Bar 5, onde havia um refrigerador.

O laudo aponta que a fiação elétrica apresentou traços de fusão, indicando que a rede elétrica permaneceu energizada durante o incêndio. O refrigerador foi analisado detalhadamente, seu compressor foi aberto para observar as marcas de combustão e foi constatado que não foi ali que surgiu o incêndio.

Os peritos não conseguiram identificar, após mais de um mês de trabalhos, evidências físicas que comprovassem o agente ígneo, que daria indícios das causas do incêndio.

Duas hipóteses possíveis foram constatadas: a de falha de equipamento ou fenômeno termoelétrico.

O Corpo de Bombeiros ainda destacou que não foram encontrados vestígios materiais que indicassem ação humana voluntária.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.