Leitos lotados: saiba qual é a principal causa de internação de crianças no Litoral Norte de SC

A situação das UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) do Litoral Norte de Santa Catarina segue crítica, em especial nos leitos infantis. No único hospital infantil que atende pelo SUS (Sistema Único de Saúde) na região, o Pequeno Anjo, as unidades de enfermaria estão 100% ocupadas, enquanto a UTI está em 85%. O maior motivo das internações são doenças respiratórias.

Hospital Pequeno Anjo, em Itajaí, promove ação de conscientização para a saúde dos rins das crianças – Foto: Reprodução/ND

O Hospital Infantil Pequeno Anjo fica em Itajaí e atende toda a região. A lotação dos leitos vem desde março, quando as doenças respiratórias já eram o principal motivo da internação de crianças e adolescentes na região.

A lotação dos leitos adultos em Itajaí também chega próxima da máxima. No Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, cerca de 80% dos leitos estão ocupados. Entre os adultos, as causas de internação são outras: segundo a assessoria, a maioria são pacientes clínicos, cardíacos, de ortopedia e oncologia.

Balneário Camboriú

Em Balneário Camboriú a situação é mais crítica: 100% dos leitos de UTI do Hospital Municipal Ruth Cardoso estão ocupados. Em casos assim, os pacientes são transferidos para outros hospitais. As principais causas de internação não foram detalhadas.

O que explica o aumento

A infectologista pediátrica Renata Araujo Alves explica que as últimas semanas registraram um aumento expressivo no pronto-atendimento pediátrico do Hospital Infantil Pequeno Anjo. A maioria dos casos são pacientes com quadros respiratórios, cujos sintomas incluem tosse, febre, cansaço pra respirar e chiado.

Segundo a médica, a gravidade dos casos varia, mas a internação é necessária em alguns casos para suporte ventilatório, o que explica o aumento nas internações na enfermaria e na UTI.

“A piora de quadros respiratórios é esperada nessa época do ano e ocorre devido maior circulação de vírus respiratórios acometendo principalmente bebês e crianças menores de 2 anos”, explica a médica.

“Os agentes causadores mais comuns são o vírus sincicial respiratório e influenza, mas infecções por outros vírus e bactérias também podem ocorrer”, continua. A orientação é procurar atendimento médico se a criança apresentar sinais de alerta, como desconforto respiratório, febre persistente, redução importante da aceitação alimentar e diurese, sonolência excessiva ou manchas na pele, por exemplo. Outros cuidados necessários incluem fazer o acompanhamento com pediatra e manter a vacinação em dia, além de ter cuidados básicos de higiene, evitar aglomerações e contato com pessoas sintomáticas.

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