‘Seria um prejuízo’: lideranças de Chapecó debatem ações contra a gripe aviária

Após o MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária) publicar uma portaria decretando estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional devido infecção por gripe aviária em aves silvestres, o assunto passou a ser pauta de debate entre as autoridades de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina.

gripe aviária

Situação da gripe aviária preocupa. – Foto: Pixabay/Divulgação/ND

Uma sessão ordinária do Poder Legislativo, na terça-feira (25), reuniu representantes da Comusa (Comissão Municipal da Saúde Agropecuária) para falar sobre a emergência de 180 dias. O requerimento que solicitou a visita foi da vereadora Sueli Suttili (PSD).

A portaria do MAPA pretende evitar que a doença chegue até a produção de aves de subsistência e comercial, além de preservar a fauna e a saúde humana. A Comusa apresentou números e situações sobre o atual momento e o alerta de influenza aviária no Brasil.

Até agora, foram confirmados oito casos da doença em aves silvestres no Espírito Santo e no Rio de Janeiro e outros três casos são investigados no país. “O grande receio é que as aves migratórias contaminadas possam transmitir a doença às aves da agricultura industrial. Seria um prejuízo enorme”, afirma o presidente da Comusa, Mauro Zandavalli.

Sessão abordou a questão da influenza aviária. – Foto: Câmara de Vereadores Chapecó/Divulgação/ND

A médica veterinária, Lauren Sagave, lembrou que não existe contaminação das carnes e dos ovos das aves ao ser humano, apenas pelo contato direto com o vírus. “Mas a mortalidade entre os humanos chega a 60% e entre as aves é de 50%. Por enquanto, não há caso registrado em aves comerciais, mas o alerta é geral”, destacou.

Ainda de acordo com dados do Comusa, a contaminação por gripe aviária, poderia trazer um prejuízo de R$ 13 bilhões em exportação para o Brasil. “Em relação a nossa região, seria importante formar um comitê intermunicipal com participação dos municípios. A intenção é promover campanhas de orientação para que esse vírus não se prolifere na nossa cadeia produtiva”, avisou Zandavalli.

Alerta máximo em SC

Com o país em situação de emergência após ter casos de gripe aviária em aves silvestres, órgãos estaduais emitiram uma nota de alerta máximo em Santa Catarina, na terça-feira (23), para prevenir a doença. O Estado não registrou nenhum caso, mas a Secretaria de Agricultura destaca para a importância de intensificar as medidas de segurança.

O documento – assinado pelo  secretário da Agricultura, Valdir Colatto, e a presidente da Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina), Celles Regina de Matos – destaca que é preciso reforçar as ações de prevenção para avicultura comercial.

Ainda recomentada para que se evite o contato de aves externas com as criadas em ambientes fechados. Também orienta para que os produtores evitem visitas ao sistema de produção, como medida de proteger a saúde e segurança dos plantéis.

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