Catamarã que bateu em pedra na Baía Norte em Florianópolis é apreendido após acidente

A Capitania dos Portos de Santa Catarina apreendeu nesta quarta-feira (12) o catamarã da empresa Três Fronteiras Turismo e Navegação que bateu contra uma pedra no dia anterior, segundo informações do estabelecimento da Marinha.

O órgão também instaurou um IAFN (Inquérito sobre Fatos e Acidentes da Navegação) para “verificar as causas, circunstâncias e responsabilidade”. O procedimento investigatório deve se estender por três meses.

Catamarã que bateu em pedra na Baía Norte em Florianópolis é apreendido após acidente

Embarcação passa por avaliação da Marinha do Brasil – Foto: Divulgação/ND

O acidente envolvendo o Kattamaram III, designação do barco, ocorreu perto da Ilha dos Guarás. De acordo com a empresa, uma pessoa teve ferimentos leves. Ela foi atendida pelos socorristas e passa bem, conforme o comunicado.

De acordo com a nota compartilhada pela Marinha na tarde desta quinta-feira (13), uma embarcação do Corpo de Bombeiros acompanhou o barco até a sua atracação no trapiche da Beira Mar Norte. Não há registro de poluição hídrica.

A inspeção da Capitania dos Portos concluiu que o veículo apresentava “risco para a segurança da navegação e a salvaguarda da vida humana no mar”. Por conta disso, foi retirada do tráfego e navegação, “até que as avarias sejam sanadas”.

A Três Fronteiras Turismo e Navegação destacou que o acidente amassou apenas ponta do casco, sem danos para a estrutura.

“Os diretores da empresa pedem desculpas à população e anunciam que, em breve, voltarão a a receber turistas e visitantes normalmente para o passeio que mostra os encantos e a história da Ilha de Santa Catarina”, destaca a nota.

Causa investigada

Segundo a empresa, o acidente ocorreu devido a “inesperada oscilação da maré” – quando o nível do mar oscila drasticamente e o Capitão do Navio perde o controle do barco. As tábuas de maré, divulgadas pela Marinha, preveem as oscilações, que ocorrem devido à influência astronômica.

O navegador e proprietário da escola náutica Resgatah Cursos, Anilton Valverde Domingos Júnior, explica que o inquérito naval é importante para analisar se de fato houve oscilação drástica na maré. No entanto, a região não tem tais alterações críticas.

“A Baía Norte e a Baía Sul são ‘águas abrigadas’, que não sofrem tanta influência do mar aberto. Não temos oscilações dramáticas”, destaca o navegador. As marés oscilam num longo período, e não de forma drástica a ponto de fazer o comandante perder o equilíbrio, pontua.

Tudo muda quando há influência de aspectos meteorológicos: quando há, por exemplo, fortes ventos ou mesmo ciclones em alto mar que aceleram as ondas e dificultam o controle por quem está dirigindo. “É importante saber se a influência foi astronômica ou meteorológica”, ressalta.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.