Irmã de Paulo Guedes diz que Universidade Gratuita trará onda de processos judiciais a SC

Elizabeth Guedes preside a Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup)

Elizabeth Guedes preside a Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup) (Foto: Divulgação)

Elizabeth Guedes defende o interesse das instituições particulares, que em sua avaliação serão prejudicadas pela “intervenção econômica” no ensino superior de SC
O lobby em torno do programa Universidade Gratuita está correndo solto na Alesc – e não faltam teses contra e a favor do texto original do governo de SC. A irmã do ex-ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, engrossou o coro das universidades privadas. Elizabeth Guedes, que preside a Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup), visitou gabinetes da Alesc na semana passada e fez uma previsão preocupante.
Segundo ela, da maneira como está a proposta vai causar uma onda de processos judiciais contra o Estado, movidos por estudantes que se sentirão prejudicados.
— Como a demanda pelo ensino superior é muito maior do que o número de vagas previsto, a judicialização por parte de alunos não atendidos será inevitável e numerosa, e seu impacto sobre o caixa do governo é incerto. Mas deve ser alto — afirmou.
Entregue há três semanas por Jorginho, Universidade Gratuita ainda não entrou no sistema da Alesc
Como presidente da entidade nacional que representa as universidades privadas, a irmã de Paulo Guedes defende o interesse das instituições particulares, que em sua avaliação serão prejudicadas pela “intervenção econômica” no ensino superior de Santa Catarina.
Mas o fato é que Elizabeth Guedes levantou uma questão que pode realmente impactar nas contas do Estado. A judicialização pode fazer com que a demanda por vagas cobertas com dinheiro público aumente exponencialmente, para além das previsões orçamentárias.
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Conforme a coluna divulgou mais cedo, esta semana será decisiva na definição do calendário de tramitação do projeto na Alesc. É o que pretende o presidente do Legislativo, deputado Mauro de Nadal (MDB).
Até agora, os impasses que envolvem a proposta fizeram com que ela permanecesse parada na Alesc. O projeto sequer foi lido em expediente – o que significa que, embora tenha sido entregue pelo governador há três semanas, ainda não consta oficialmente no sistema da Alesc.
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