São José executa plano de desassoreamento em rios para evitar alagamentos

A prefeitura de São José prevê desembolsar R$ 5 milhões no que considera o maior plano de ações permanentes de desassoreamento em rios, valas, galerias e canais da cidade. A ação acontece após o município sofrer com alagamentos durante as fortes chuvas que atingiram a Grande Florianópolis, em dezembro de 2022. Na ocasião, famílias ficaram desabrigadas.

“Nós não vamos mais precisar esperar uma grande chuva para descobrirmos que existia uma vala na qual a tubulação estava entupida. Já temos um mapeamento dela então, de forma preventiva, já estamos realizando trabalhos para minimizar possíveis grandes precipitações como a de dezembro”, aponta o secretário de Infraestrutura, Nardi Arruda.

Registro dos serviços de desassoreamento bairros Barreiros, em São José – Foto: Leo Munhoz/ND

Como vai funcionar?

O plano integra o Programa de Manutenção Regionalizada e Continuada, iniciado em março pela prefeitura. De acordo com Arruda, a ideia do programa é realizar serviços continuados de manutenção e pequenos reparos em infraestrutura, limpeza de praças, podas de árvores, entre outros trabalhos.

O serviço de desassoreamento foi instaurado posteriormente, seguindo o calendário já implementado para a realização dos trabalhos de manutenção.

“Para atender todo o município, nós o dividimos em quatro regiões. Trabalhamos uma semana do mês em uma semana específica, ou seja, quatro regiões diferentes para cada semana do mês. E foi com base nesse cronograma que colocamos, há duas semanas, uma força-tarefa para trabalhar no desassoreamento dos rios”, destaca Arruda.

Até sexta-feira (9), o desassoreamento ocorre nos bairros Barreiros, Campinas, Kobrasol e Sertão do Maruim. Arruda explica que, por esta semana ser mais curta por conta do feriado, os serviços ainda devem seguir na região na próxima semana.

“Estamos na terceira semana desses trabalhos então ainda não demos o primeiro giro completo na cidade. Quando completarmos, voltamos para os mesmos canais para fazer a devida manutenção deles. Isso de forma continuada pois a intenção é não parar mais”, revela o secretário.

‘Serviço demorava’, diz moradora

Para a moradora de um condomínio do bairro Barreiro, a cozinheira Andréa Jardim, a mudança é perceptível. Ela leva o seu cachorro de estimação, o Billy, para passear em um espaço próximo a uma vala na região. Hoje é uma pracinha, mas antigamente, segundo Andréa, era um espaço cheio de mato e de mosquitos.

“Antes eles vinham cortar o mato e demorava, mas agora estão vindo com bastante frequência. Isso impacta demais no meu dia a dia porque agora consigo trazer o Billy para passear”, conta.

Mapeamento da bacia hidrográfica de São José

Segundo o secretário, para realizar o desassoreamento foi necessário, primeiramente, um mapeamento técnico de toda a bacia hidrográfica do município.

“Nós conseguimos mensurar o volume do rio, em função da largura média e de sua extensão. A partir daí conseguimos dimensionar a quantidade de equipamento que precisamos para realizar os trabalhos”, afirma Arruda.

Os equipamentos também são muito importantes para auxiliar no trabalho conforme cita Arruda. Ele explica que o processo de assoreamento ocorre de maneira natural mas muitas vezes ocorre pelo descarte de materiais irregulares que, com o passar do tempo, impedem a fluidez das águas.

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