Operação mira falsos motoristas de aplicativo em Florianópolis; entenda

Falsos motoristas de aplicativo estão na mira da Polícia Civil em Florianópolis, após cobrarem de turistas valores exorbitantes em corridas, com valores que chegavam a R$ 2,5 mil por viagem. Nesta sexta-feira (14), foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, porém a pessoa não foi localizada e é considerada foragida.

Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão durante a operação- Foto: Polícia Civil/Divulgação/ND

A ação aconteceu durante uma operação policial coordenada pela DPTur (Delegacia de Proteção ao Turista), que investiga o grupo por realizar a captação de passageiros de forma ilícita e por cobrar valores superiores ao praticado no mercado.

Os turistas, principalmente estrangeiros, eram os principais alvos dos investigados. As vítimas eram abordadas no terminal rodoviário e no aeroporto de Florianópolis.

A investigação, que resultou na operação, iniciou ainda em 2022, mas durante o verão a prática se intensificou.

Na operação foram apreendidos objetos com os investigados, que serão analisados pelos investigadores. Segundo o delegado Renan Scandolara, as investigações continuarão, pois a polícia busca esclarecer se a prática é realizada por uma organização criminosa.

Como agiam

De acordo com a polícia, os investigados tiravam proveito de estrangeiros e cobravam valores muito acima dos praticados por aplicativos regularizados ou motoristas de táxis em corridas dentro da Ilha.

Além disso, a polícia informou que os suspeitos cobravam em dólar. “Por desconhecimento da cidade, da língua, eles (investigados) acabavam iludindo esses passageiros e inseriam valores, não autorizados pelas vítimas, nas máquinas de cartões de crédito que carregavam dentro dos veículos. Sem a vítima perceber, era lesada com valores que computam quase R$ 3 mil”, explica o delegado.

O delegado acrescenta ainda que os investigados fizeram cobranças de valores entre R$ 200 a R$ 800, por corridas de poucos quilômetros realizadas dentro da Ilha. Já no caso das vítimas estrangeiras, as cobranças variam entre R$ 1,2 mil a R$ 2,5 mil.

Orientação

O delegado orienta para que as pessoas busquem sempre contratar o serviço de motoristas credenciados em aplicativos e táxis.

“Não aceite proposta de corrida fora de aplicativos ou sem ser de táxis regularizados. Não aceite proposta de táxi executivo, de táxi exclusivo ou de serviços que não são comuns na nossa Capital. Não aceite promessas de aplicativos exclusivos do aeroporto, da rodoviária, porque esses aplicativos não existem”, reforça o delegado.

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