Rio Grande do Sul soma 11 mortos por ciclone; 20 pessoas estão desaparecidas

A passagem de um ciclone extratropical provocou mortes e estragos nos estados do Sul do país, principalmente no Rio Grande do Sul. Segundo o governo gaúcho, 11 pessoas morreram e 20 estão desaparecidas, de acordo com o último boletim, até às 19h30 deste sábado (17). A informação é do R7.

Entre os mortos, três foram em Maquiné, dois em São Leopoldo, um em Novo Hamburgo, um em Caraá, um em Bom Princípio, um em São Sebastião do Caí, um em Esteio e um em Gravataí.

Ciclone deixa 11 mortos, 20 desaparecidos e milhares de desabrigados no RS – Foto: Gustavo Mansur/Secom RS

Já entre os desaparecidos, 18 em Caraá e dois em Três Forquilhas. O último balanço da Defesa Civil aponta mais de 2,3 mil desabrigados e 602 desalojados em 41 municípios gaúchos.

Mais de R$ 1 milhão serão repassados a cinco municípios gaúchos atingidos pelo mau tempo.

O que é o ciclone

O ciclone extratropical é um sistema de baixa pressão atmosférica que surge fora dos trópicos. É associado às frentes frias e encontrado nas médias e altas latitudes. No Hemisfério Sul, os ciclones giram no sentido dos ponteiros dos relógios, de acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e o Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos).

O ciclone que atingiu o Sul do país — associado a uma frente fria — formou-se no oceano Atlântico no decorrer da semana. A área de baixa pressão nos médios e altos níveis da atmosfera potencializou a formação do ciclone em terra, transportando a umidade do oceano para o continente.

O que provoca?

Quando o ciclone se aproxima do continente, aumenta a possibilidade de danos, com deslizamentos, chuvas e ventos fortes. “É isso que traz risco maior, com previsão de chuva excessiva, acumulados muito altos e ventos fortes”, explica a meteorologista Estael Sias, em vídeo publicado no canal da MetSul, plataforma com conteúdo meteorológico.

Para se ter uma ideia, as rajadas de vento superaram 80 km/h na região Sul, conforme previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O volume de chuva ultrapassou 100 milímetros em 24 horas. Além dos estados do Sul, o fenômeno atingiu também áreas do estado de São Paulo.