Justiça não localiza professor que enalteceu ataque em Blumenau

A Justiça tentou intimar na manhã desta segunda-feira (10) o professor de Joinville, no Norte do Estado, que enalteceu o ataque em Blumenau, mas ele não foi localizado. Uma decisão judicial expedida no domingo (9), determinou que ele tem 48h para ser intimado e começar a usar tornozeleira eletrônica.

Caso aconteceu em escola estadual localizada no Jardim Iririú, em Joinville – Foto: Maikon Costa/ND

O oficial de Justiça foi na casa do docente e ele não foi encontrado. O professor também não respondeu o contato por telefone.

A decisão do juiz Yhon Tostes determinou que a partir deste domingo o docente está proibido de dar aula em qualquer escola e também de manter contato (por qualquer meio de comunicação) com estudantes que tenham sido seus alunos ou presenciado os fatos denunciados.

Ele também não pode chegar a menos de 50 metros dos estudantes ou de qualquer escola.

De acordo com a decisão do juiz, deve ser feita uma “competente e cautelosa apuração administrativa e policial sobre os gravíssimos relatos apresentados”.

A expectativa é que o afastamento do professor saia no diário oficial ainda hoje. Já foi aberto um processo administrativo disciplinar na Secretaria de Estado da Educação (SED) para investigar o caso.

Por lei, o trâmite consiste no afastamento inicial de 60 dias, com ele seguindo recebendo o salário normalmente. A partir daí é feita uma comissão interna que pode resultar em demissão ou afastamento por mais tempo do profissional.

Entenda o caso

Em um vídeo que tem circulado nas redes sociais, o professor apoia o ocorrido em Blumenau e sugere atos de violência. A reação dos alunos é de revolta. “Absurdo”, diz uma estudante.

Conforme relato de outros alunos, além desta fala violenta, o professor em questão já agiu diversas vezes com posturas de agressividade e teria, inclusive, agredido um estudante e virado uma carteira em outro aluno. O docente também teria se gabado das agressões.

O ND+ não irá publicar os nomes do autor e das vítimas do ataque, assim como imagens explícitas do crime. A decisão editorial foi feita em respeito às famílias e ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), também para não compactuar com o protagonismo de criminosos.

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